metropoles.com

Servidor do Ministério da Justiça planejou bloqueios da PRF nas eleições

Subordinado de Anderson Torres, servidor decidiu quais cidades receberiam reforço de agentes da PRF para operações no 2° turno das eleições

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Anderson Torres e diretores da PF e PRF fazem coletiva de imprensa sobre a operação para o dia das eleições. Ele olha para o diretor da Polícia Federal, Marcos Nunes, com painel ao fundo escrito "Operação Eleicões 2022 - 2ºTurno" - Metrópoles
1 de 1 Anderson Torres e diretores da PF e PRF fazem coletiva de imprensa sobre a operação para o dia das eleições. Ele olha para o diretor da Polícia Federal, Marcos Nunes, com painel ao fundo escrito "Operação Eleicões 2022 - 2ºTurno" - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O documento com a lista de cidades em que o efetivo da Polícia Rodoviária Federal (PRF) deveria ser reforçado no segundo turno das eleições presidenciais de 2022 foi feito por um servidor do Ministério da Justiça. O planejamento contemplava todos os estados do Nordeste, onde Lula liderava em intenções de votos.

A informação é do blog de Andréia Sadi, do G1. Nessa segunda-feira (4/4), foi revelado que o ex-ministro da Justiça Anderson Torres foi pessoalmente à Bahia dias antes do segundo turno acompanhado pelo então diretor da PF, Marcio Nunes, para pressionar o então superintendente regional, Leandro Almada, a atuar na operação no dia do pleito, dando apoio à PRF.

O segundo turno aconteceu em 30 de outubro de 2022. Na data, vários eleitores de estados do Nordeste denunciaram operações e blitze da PRF que dificultavam o exercício do voto. Na ocasião, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, pediu explicações ao então diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques.

Em relação ao envolvimento nas eleições, a PF descobriu um “boletim de inteligência” que teria sido produzido em outubro pela então diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, Marília Alencar — delegada que, posteriormente, trabalhou com Torres na Secretaria de Segurança do Distrito Federal.

O documento detalha os locais onde o então candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia sido mais votado no primeiro turno das eleições de 2022. Na análise dos investigadores, o boletim serviu para que o ex-ministro viabilizasse a tentativa de complicar a chegada dos eleitores aos locais de votação em algumas regiões, com a operação realizada pela PRF no dia do segundo turno.

O documento chegou a ser apagado do celular de Marília. No entanto, foi recuperado parcialmente pela PF.

Outra discrepância apurada no caso está a negativa da secretária de Torres de que ela teria entregado o documento golpista a ele. Em depoimento, a secretária foi taxativa: “Nunca entreguei nada”. O ex-ministro teria declarado que recebeu a minuta por meio dela.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?