metropoles.com

Unacon pede liminar ao STF contra adiamento do reajuste de servidor

O presidente da República, Michel Temer, decidiu postergar o aumento do funcionalismo de 2019 para 2020

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Daniel Ferreira/Metrópoles
Fachada do STF – Brasília(DF), 18/05/2017
1 de 1 Fachada do STF – Brasília(DF), 18/05/2017 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A tentativa repetida do governo em adiar o reajuste dos servidores federais para abrir espaço no Orçamento já começa a enfrentar uma nova batalha jurídica. A União Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Unacon) foi o primeiro sindicato a entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a Medida Provisória nº 849, que posterga o aumento do funcionalismo de 2019 para 2020.

O objetivo do governo é economizar R$ 4,7 bilhões no próximo ano com a medida. Depois de idas e vindas sobre o adiamento do reajuste dos servidores federais, o presidente Michel Temer editou a MP nº 849 na última sexta-feira (31/8). Durante a semana, ele chegou a garantir o aumento dos salários do funcionalismo, mas voltou atrás poucas horas antes do envio do Orçamento ao Congresso. Esta é a segunda vez que o governo tenta postergar por um ano reajustes já previstos em lei.

A tentativa de jogar o reajuste de 2018 para 2019 foi fracassada devido a uma liminar conseguida pelos servidores afetados junto ao ministro do STF Ricardo Lewandowski, em 18 de dezembro do ano passado. Por isso, o sindicato pede que a nova ação seja distribuída, preventivamente, ao mesmo julgador.

A Unacon argumenta que, como a atual proposta de adiamento reproduz literalmente o texto da medida que foi barrada por Lewandowski, a impugnação anterior deve ser automaticamente aplicada à nova MP.

“A conduta adotada pelo chefe do Poder Executivo, além de configurar nítido desrespeito à imperatividade das ordens judiciais, empresta total descrédito ao órgão de cúpula do Poder Judiciário, de modo que deve ser urgentemente revista”, acrescentou o sindicato, na ação.

Segundo o presidente da Unacon e do Fórum Nacional das Carreiras de Estado, Rudinei Marques, outros sindicatos também devem entrar com ações contra a medida no STF nos próximos dias. Ele lembra que o próprio governo desistiu de recorrer da liminar de dezembro do ano passado e apontou a indecisão de Temer na semana passada como um indício de que a equipe econômica não estava amparada juridicamente.

“O governo mais uma vez jogou para o mercado. Deu a impressão de que essa é uma medida importante de ajuste fiscal, mesmo sabendo que não poderia implementá-la do ponto de vista legal”, argumenta o sindicalista. “O reajuste é fruto de um acordo sobre uma proposta feita pelo próprio governo que foi transformada em lei pelo Congresso”, acrescentou.

Marques destacou ainda que o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2019 enviado ao Parlamento mantém a previsão do reajuste. Para ele, a economia de R$ 4,7 bilhões, que poderia ser obtida com o adiamento do aumento dos servidores, seria “insignificante” diante das despesas primárias totais previstas em R$ 1,438 trilhão no próximo ano.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?