Servidores protestam contra a reforma administrativa e pedem impeachment
Os servidores públicos federais organizam um dia de paralisações, assembleias, panfletagens e protestos em todo o Brasil
atualizado
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Contra a reforma Administrativa e pedindo o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), servidores públicos fizeram uma manifestação na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Nesta quarta-feira (18/8), os funcionários públicos estiveram no local com faixas e gritando palavras de ordem contra o governo e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32, que muda regras do funcionalismo público.
A classe organiza um dia de paralisações, assembleias, panfletagens e protestos em todo o Brasil.
A PEC altera regras de contratação, remuneração e desligamento de pessoal. Um dos pontos mais polêmicos é o fim da estabilidade.
O Brasil tem cerca de 12 milhões de funcionários públicos nos níveis federal, estaduais e municipais. Somente a União, por exemplo, tem 600 mil empregados ativos. Caso sejam aprovadas, as mudanças deverão ter efeito escalonado.
Os servidores criticam ainda a proposta de privatização do sistema elétrico, a venda da Petrobras, dos Correios e de bancos estatais.
“A greve e manifestações no dia pretendem ampliar o engajamento da sociedade no enfrentamento a esta reforma, que, caso aprovada, acarretará no desmonte dos serviços públicos além de abrir as portas para a privatização”, afirmam os organizadores.
“Esta é uma luta de todos, porque todos serão impactados”, afirma o Diretor Executivo da CUT, Pedro Armengol, também secretário de Finanças da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) apoia o movimento e organiza assembleias nas entradas e nos locais de trabalho, atos nas ruas, panfletagens em pontos de ônibus, terminais de trem, metrô e em locais de grande circulação.