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Manifestantes criticam Temer e Toffoli por prejudicarem servidores

Marcha na Esplanada dos Ministérios protesta contra adiamento de reajustes e concursos públicos

atualizado

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Protesto servidores contra congelamento de salários
1 de 1 Protesto servidores contra congelamento de salários - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Cerca de 3 mil servidores públicos são esperados para marchar, na tarde desta quinta-feira (13/9), do Ministério do Planejamento até o Supremo Tribunal Federal (STF). A mobilização tem como objetivo pressionar o governo federal pela reversão do adiamento do reajuste salarial, antes previsto para 2019. Por meio da Medida Provisória 849, o presidente da República Michel Temer decidiu que o aumento só deve ser autorizado em 2020.

Antes de seguir em direção ao Supremo, o ato ficou concentrado em frente ao Ministério do Planejamento para pedir uma reunião com representantes da pasta. Cerca de 500 pessoas participaram desta primeira parte da mobilização. No carro de som, representantes de sindicatos ligados ao funcionalismo público federal discursavam e proferiam palavras de ordem contra o governo federal.

Segundo Laurizete Gusmão, servidora pública e integrante da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), que compõe o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), a reivindicação ocorre nesta quinta-feira em razão da posse do ministro Antonio Dias Toffoli como presidente da Corte. Do Planejamento, o grupo seguiu até a frente do Supremo, onde manteria a mobilização durante a posse de Toffoli.

“Viemos protestar contra o adiamento do reajuste e da PEC do teto de gastos, que vai congelar por 20 anos os gastos do governo. Isso é para destruir o Brasil. O que estão fazendo não atinge só os funcionários públicos, atinge os estados, municípios”, disse, ao ressaltar que o ato também ocorre em protesto a um processo referente à data base a que a categoria deveria ter direito. Conforme informou a servidora, o processo está parado nas mãos de Toffoli há 5 anos.

O grupo também quer aproveitar a posse do novo presidente do Supremo para reforçar as reivindicações. Outra determinação do governo a ser contestada durante o ato é o adiamento de novos concursos públicos.

Confirma imagens da mobilização: 

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Servidores cobram reajuste salarial em 2019 e protestam contra congelamento do teto dos gastos públicos
Manifestantes diante do STF
Segurança reforçada em frente ao STF: Corte dará posse nesta quinta ao seu novo presidente, ministro Dias Toffoli
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Servidores marcharam do Planejamento à sede do STF

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Servidores cobram reajuste salarial em 2019 e protestam contra congelamento do teto dos gastos públicos

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Manifestantes diante do STF

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Segurança reforçada em frente ao STF: Corte dará posse nesta quinta ao seu novo presidente, ministro Dias Toffoli

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Marizar de Melo, da direção nacional da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), disse que, na manhã desta quinta, servidores da saúde também realizaram outro protesto em frente ao Ministério da Saúde para cobrar do governo tratamento médico adequado aos profissionais da área que atuam no campo e têm contato com substâncias classificadas por ele como “venenos”.

“As reivindicações também é para que esses servidores tenham condições apropriadas de trabalho e atendimento médico”, disse. Apenas no Rio de Janeiro, desde 2017, 97 servidores morreram por causa de câncer, segundo ele. “As famílias dessas pessoas também podem se intoxicar com essas substâncias. Eles precisam de cuidados e o governo não oferece”, afirmou.

Questão central
O presidente Michel Temer (MDB) voltou atrás e resolveu adiar para 2020 o ajuste salarial dos servidores da União. No dia 29 de agosto, Temer havia anunciado que iria reajustar os salários do funcionalismo público e ainda dar o aumento aprovado pelos ministros do Supremo Tribunal Federal – de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil.

De acordo com dados do Ministério do Planejamento, o impacto nas contas públicas do governo federal com o aumento nas remunerações de servidores e ministros da Suprema Corte, caso fosse aprovado para o próximo ano, ultrapassaria os R$ 7,2 bilhões.

Conforme estimado em cálculos iniciais, o governo federal economizaria R$ 6,9 bilhões ao adiar o aumento. A expectativa da equipe econômica – a qual era contra o dispêndio extra –  é de que, com a desistência do presidente, o Palácio do Planalto conseguirá cumprir o teto dos gastos públicos.

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