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Servidor: secretário diz que corte salarial é “questão moral”

Adolfo Sachsida afirma que “o exemplo tem que vir de cima”. A ideia da equipe econômica é que o funcionalismo tenha rendimentos congelados

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Marcos Oliveira/Agencia Senado
Adolfo Sachsida, secretário de Política Econômica
1 de 1 Adolfo Sachsida, secretário de Política Econômica - Foto: Marcos Oliveira/Agencia Senado

O secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, afirmou que o corte de salário do funcionalismo público é uma “questão moral” durante a pandemia da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.

O auxiliar do ministro da Economia, Paulo Guedes, usou como exemplo que justificaria a redução o caso dos trabalhadores informais.

Segundo ele, nos lares brasileiros “mais da metade da renda vem do setor informal” e a renda caiu entre 70% e 80%.

“O desemprego está subindo a passos largos. Será que está correto algumas pessoas não perderem emprego e manterem o salário? É um convite que eu faço à reflexão”, ponderou. As declarações foram dadas durante uma transmissão ao vivo promovida pela XP Investimentos.

Segundo Sachsida, “o exemplo tem que vir de cima”. A ideia da equipe econômica é que os salários do funcionalismo fiquem congelados por até dois anos.

“Vamos ter que olhar com muita atenção a questão do funcionalismo público. Acho que está na hora de todos darem a sua contribuição. Quantos estão com medo de perder o emprego? O exemplo tem que vir de cima. Eu sou funcionário público, me orgulho disso, mas é o momento que temos que ser transparentes”, frisou.

Ao aprovarem o projeto que prevê R$ 89,6 bilhões em auxílio a estados e municípios na Câmara, deputados ignoraram todas as medidas defendidas por Paulo Guedes para mitigar os impactos econômicos do novo coronavírus.

Ficou fora, nessa segunda-feira (13/04), por exemplo, o bloqueio de qualquer reajuste salarial dos servidores até 2021.

A equipe econômica defendia que governadores e prefeitos não concedessem aumento na remuneração dos funcionários como contrapartida para receber o reforço, que somaria até R$ 40 bilhões para recompor a queda de arrecadação dos caixas locais.

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