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Servidor: corte de benefícios reduz gastos em R$ 164 mil por mês

O valor representa uma economia de 46% ao ministério, que em uma situação de normalidade gasta R$ 354 milhões mensais

atualizado

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1 de 1 Computador - teletrabalho - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O corte de benefícios de servidores que estão em trabalho remoto durante a pandemia da Covid-19, causada pelo novo coronavírus, pode gerar uma redução de gastos de até R$ 164 milhões aos cofres do Ministério da Economia por mês.

O valor representa uma economia de 46% ao ministério, que em uma situação de normalidade gasta R$ 354 milhões mensais com o custeio desses benefícios.

Os números fazem parte de um levantamento do governo federal, obtido com exclusividade pelo Metrópoles.

O governo decidiu na semana passada que não serão pagos benefícios como  horas extras, adicional de insalubridade e de trabalho noturno nem auxílio-transporte enquanto perdurar a quarentena.

O índice pode ser ainda maior. Técnicos do governo avaliam que o impacto vai depender do número total de servidores que irão realizar trabalho remoto e por quanto tempo vai durar essa situação.

Em nota, o Ministério da Economia defende os cortes para o fortalecimento do caixa das ações de combate ao coronavírus. “O dinheiro economizado será revertido para o enfrentamento do coronavírus no Brasil”, ressalta o texto.

Críticas
O corte de gerou uma série de reações contra o governo. Sindicatos e entidades de classe ficaram insatisfeitos com a medida.

Em nota, o secretário-geral do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Distrito Federal, Oton Pereira Neves, repudiou a medida e disse que o governo deveria  proporcionar as condições necessárias para que sejam mantidos os salários integrais dos servidores.

O secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo da Silva, estima que esses benefícios  podem representar de 10% a 25% da remuneração dos servidores e avaliou o corte como “lamentável”.

O Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) disse que a suspensão do pagamento de alguns benefícios é justificada, mas que os empregados deveriam ser indenizados por custos com energia, internet e telefonia durante o teletrabalho.

“Responsabilidade com dinheiro público”
Apesar das críticas, o secretário de Gestão e Desempenho de Pessoal, Wagner Lenhart, disse no anúncio da medida que é “justo e razoável” que o benefício seja cancelado no período.

“Devemos sempre atuar com responsabilidade quando se trata de dinheiro público, especialmente em momentos como este que estamos vivendo”, defendeu. 

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