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Servidor: 90% temem voltar ao trabalho presencial e transmitir Covid-19

Apesar do receio, pesquisa da Enap revela que 57% dos funcionários públicos apoiam retorno gradual às repartições federais

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
Servidor Publico – Trabalhador
1 de 1 Servidor Publico – Trabalhador - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Autorizado após oito meses de suspenção, o trabalho presencial é alvo de preocupação para os servidores públicos federais. Para 90% deles, o principal receio é transmitir Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, para familiares. Porém, 57% apoiam o regresso em regime escalonado.

Os dados fazem parte da pesquisa “Retorno seguro ao trabalho presencial”, realizada pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap), em parceria com o Banco Mundial e o Ministério da Economia, divulgada na manhã desta quinta-feira (5/11).

Ao todo, 42.793 servidores públicos responderam voluntariamente ao questionário. O levantamento foi realizado entre agosto e setembro de 2020.

Nesta semana, o Ministério da Economia publicou uma instrução normativa com regras para o retorno às repartições públicas. Na prática, ministérios, órgãos e autarquias estão permitidos a convocarem servidores desde a última terça-feira (3/11).

O documento prevê que a presença de servidores e empregados públicos em cada ambiente de trabalho não deverá ultrapassar 50% do limite da capacidade física. Além disso, deve ser mantido o distanciamento mínimo de 1 metro e uso obrigatório de máscaras.

Na opinião da maior parte dos funcionários públicos (66%), o retorno deve ocorrer, no mínimo, a partir de janeiro do ano que vem. Apenas 4,8% espera que todos os profissionais voltem ao mesmo tempo.

Em relação à saúde e segurança no local de trabalho, os principais desejos do funcionalismo são desinfecção diária das áreas de trabalho e áreas comuns, distanciamento social, horário flexível e verificação de temperatura.

“A pesquisa é um importante instrumento para tomada de decisão no setor público e auxiliará gestores no aperfeiçoamento dos planos de volta às atividades presenciais. Também serve de insumo para possíveis experimentos de trabalho remoto para além do contexto da pandemia”, pondera Diogo Costa, presidente da Enap.

Teletrabalho

Sobre a possibilidade de continuação do trabalho remoto, quase metade (45%) dos servidores públicos federais gostaria de ter essa opção, mesmo após a pandemia.

O governo federal pretende manter parte dos empregados com o expediente de casa mesmo após a pandemia de Covid-19. As regras foram lançadas em setembro.

No mês passado, o Metrópoles mostrou que ao menos 10 órgãos já iniciaram as tratativas para bolar um plano e apresentar o projeto ao quadro de servidores.

Reação

Apesar do apoio de parte dos servidores, entidades que representam a classe pedem mais estrutura para o retorno. Um dos exemplos é a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), que cobra um protocolo sanitário para a segurança daqueles que voltarão às repartições.

“O governo precisa deixar claro o protocolo de segurança que deverá ser seguido. Não está consolidado um protocolo para o retorno, por exemplo, sobre o uso de transporte público”, pondera o secretário-geral da entidade, Sérgio Ronaldo da Silva.

Segundo a pesquisa, locais adequados para deixar as crianças (43%) e poucas opções de transporte para o trabalho (61%) estão entre os principais receios dos servidores.

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