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Petrobras oferece 7% de reajuste a funcionários, que criticam proposta

Coordenador da Federação Única dos Petroleiros, Deyvid Bacelar disse que o percentual não cobre a inflação do período e nem será votada

atualizado

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greve petroleiros
1 de 1 greve petroleiros - Foto: FUB/Divulgação

A Gerência de Recursos Humanos da Petrobras apresentou uma nova contraproposta, reiterando que o objetivo da empresa é fechar o Acordo Coletivo com os servidores até 31 de agosto. Entre as mudanças apresentadas pela estatal está o reajuste de 7%. Antes, a estatal havia oferecido aumento de 5%.

Nesta terça-feira(19/7), ocorreu a segunda reunião de negociação entre servidores e representantes da estatal.

A contraproposta apresentada pela empresa em 20 de junho foi rejeitada por unanimidade pelos petroleiros nas assembleias realizadas pelos sindicatos.

A Petrobras manteve os valores oferecidos anteriormente para remuneração de horas extras, banco de horas e troca de turno.

O coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP) , Deyvid Bacelar, criticou a proposta e afirmou que não a levará para votação.

“Não tem condição alguma de levarmos sequer essa proposta para as assembleias. Não vamos nos intimidar com os limites de fechamento do Acordo que vocês estão impondo. Mais uma vez, insistimos em resolver o Acordo na mesa de negociação, mas a Petrobrás prefere o conflito, pelo que está posto nesta segunda contraproposta, que é indecorosa. O que está posto é praticamente a destruição do Acordo Coletivo”, reclamou.

Bacelar mostrou descontentamento com o fato de a nova contraproposta não cobrir a inflação do período.

“Não tivemos praticamente qualquer avanço. Nos preocupa muito chegar ao meio de julho com uma segunda proposta nesse nível”, concluiu.

Veja detalhes da proposta da Petrobras a servidores:

  • Reajuste de 7%.
  • Manutenção da Gratificação de Campo Terrestre de Produção.
  • Manutenção do feriado no turno, conforme cláusula atual do ACT.
  • Segurança no emprego e excedente de pessoal: a empresa insiste na retirada do parágrafo 4ª da Cláusula 42 e propõe incluir uma cláusula específica para a Gestão Ativa de Portfólio.
  • Compensação de HEs pendentes (Natal, Ano Novo é Carnaval) dos trabalhadores do administrativo: a empresa estende o prazo para até 31 de dezembro de 2023.

Queda da gasolina e repercussão

A agência de classificação de risco Fitch Ratings elevou a perspectiva de crédito da Petrobras de “negativa” para “estável”. A nova avaliação ocorre horas após a estatal anunciar uma redução de R$ 0,20 no preço da gasolina.

Segundo a agência, a petroleira possui um “Score de Relevância de Estrutura de Governança ‘4’, devido a seu controle majoritário pela União e ao risco de governança inerente a essa configuração. Isto também tem impacto negativo no perfil de crédito e é relevante para os ratings, em conjunto com outros fatores”.

Em fato relevante ao mercado, a empresa afirmou que a mudança é reflexo da melhora na nota do Brasil. Na semana passada, a Fitch melhorou a perspectiva para a nota do Brasil de negativa para estável, mas manteve o rating em “BB-“.

Reflexo na Bolsa

As ações da Petrobras vivem uma valorização na tarde desta terça-feira (19/7) após o anúncio de redução de R$ 0,20 no preço da gasolina.

Os papéis ordinários (PETR3, com direito a voto) subiam 0,48%, negociados a R$ 31,47, e os preferenciais (PETR4, sem direito a voto) tiveram alta de 0,84%, cotados a R$ 28,44. Em julho, ambos os papéis acumulam valorização de 3%.

Após uma série de altas, a Petrobras anunciou, nesta terça-feira, que vai reduzir em 4,92% o valor da gasolina vendida às distribuidoras. O preço médio de venda do combustível passará de R$ 4,06 para R$ 3,86 por litro, diferença de R$ 0,20 por litro, a partir desta quarta-feira (20/7).

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Há quatro tributos que incidem sobre os combustíveis vendidos nos postos: três federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins) e um estadual (ICMS)
No caso da gasolina, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a composição do preço nos postos se dá por uma porcentagem em cima de cada tributo
O preço na bomba incorpora a carga tributária e a ação dos demais agentes do setor de comercialização, como importadores, distribuidores, revendedores e produtores de biocombustíveis
Além do lucro da Petrobras, o valor final depende das movimentações internacionais em relação ao custo do petróleo, e acaba sendo influenciado diretamente pela situação do real – se mais valorizado ou desvalorizado
A composição, então, se dá da seguinte forma: 27,9% – tributo estadual (ICMS); 11,6% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins); 32,9% – lucro da Petrobras; 15,9% – custo do etanol presente na mistura e 11,7% – distribuição e revenda do combustível
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O preço da gasolina tem uma explicação! Alguns índices são responsáveis pelo valor do litro de gasolina, que é repassado ao consumidor na hora de abastecer

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Há quatro tributos que incidem sobre os combustíveis vendidos nos postos: três federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins) e um estadual (ICMS)

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No caso da gasolina, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a composição do preço nos postos se dá por uma porcentagem em cima de cada tributo

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O preço na bomba incorpora a carga tributária e a ação dos demais agentes do setor de comercialização, como importadores, distribuidores, revendedores e produtores de biocombustíveis

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Além do lucro da Petrobras, o valor final depende das movimentações internacionais em relação ao custo do petróleo, e acaba sendo influenciado diretamente pela situação do real – se mais valorizado ou desvalorizado

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A composição, então, se dá da seguinte forma: 27,9% – tributo estadual (ICMS); 11,6% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins); 32,9% – lucro da Petrobras; 15,9% – custo do etanol presente na mistura e 11,7% – distribuição e revenda do combustível

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O disparo da moeda americana no câmbio, por exemplo, encarece o preço do combustível e pode ser considerado o principal vilão para o bolso do consumidor, uma vez que o Brasil importa petróleo e paga em dólar o valor do barril, que corresponde a mais de R$ 400 na conversão atual

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A alíquota do ICMS, que é estadual, varia de local para local, mas, em média, representa 78% da carga tributária sobre álcool e diesel, e 66% sobre gasolina, segundo estudos da Fecombustíveis

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Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,96, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba.

“Essa redução acompanha a evolução dos preços internacionais de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para a gasolina, e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”, informou a companhia, em nota.

Nesta manhã, o presidente Jair Bolsonaro (PL) antecipou que a nova gestão da Petrobras vai começar a “dar boas notícias”.

“Eu acho que a Petrobras vai achar o seu rumo agora com o novo presidente. Ele vai começar a dar boas notícias pra gente”, disse o presidente da República, na saída do Palácio do Alvorada.

Em seguida, pelas redes sociais, Bolsonaro comentou a redução, mas citou um percentual maior do que o anunciado.

A última redução promovida pela Petrobras sobre o preço da gasolina ocorreu há cerca de sete meses, em 15 de dezembro do ano passado. Desde então, valor médio do combustível sofreu pelo menos três aumentos, segundo dados da estatal analisados pelo Metrópoles. No acumulado do período, o reajuste é superior a 30%.

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