Parasita: “Me referia ao Estado, não a servidores”, alega Guedes
Declaração do ministro da Economia, dada na semana passada, repercutiu muito mal entre o funcionalismo público
atualizado
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Em novo desdobramento da polêmica sobre comparar funcionários públicos a “parasitas”, o ministro da Economia, Paulo Guedes, falou que se referia, na ocasião, ao Estado, e não aos servidores. “Eu não disse nada disso”, afirmou ele, depois de já ter declarado que se “expressou mal“.
“O hospedeiro está morrendo, o cara virou um parasita, o dinheiro não chega no povo e ele quer aumento automático”, declarou Guedes no último dia 7 de fevereiro, sexta-feira passada. Resta ao ministro esclarecer, na nova versão, quem então seria o “hospedeiro que está morrendo” a quem ele se refere na declaração original.
“Estava dando o exemplo de quando os gastos com funcionalismo devoram 95%, 96%, 100% das receitas. Então, o Estado que está virando parasitário, o cara a que me referi foi o Estado. As pessoas são sérias, batem o ponto, merecem respeito, não é o indivíduo”, pontuou o ministro.
O ministro defendia, em palestra no Seminário de Abertura do Legislativo 2020, a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial, que cria gatilhos de contenção de despesas quando houver risco de descumprimento do teto de gastos.
A declaração do ministro, dada em palestra na Escola Brasileira de Economia e Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV EPGE), na sexta-feira (07/02/2020) passada, causou intensa reação entre servidores e autoridades e o obrigou a pedir desculpas.