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Mudança em regime de aposentadoria garante reajuste anual, diz fundação

Cristiano Heckert, presidente da Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público, defende troca de regime

atualizado

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homens de terno de costas caminhando servidores
1 de 1 homens de terno de costas caminhando servidores - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Alvo de muita desconfiança de entidades sindicais, a janela de migração do regime de aposentadoria chegou a metade do prazo em agosto. A Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp) defende que não há perdas no benefício e sugere que cada um faça as contas e analise a sua situação.

A alteração pode afetar até 290 mil servidores, sendo que 100 mil teriam algum tipo de lucro direto com a troca de regime.

Em entrevista ao Metrópoles, Cristiano Heckert, presidente da Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Executivo (Funpresp-Exe), ressalta que a migração é voluntária.

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O aumento salarial para a área da segurança partiu de uma demanda do próprio presidente
No fim de 2021, antes da votação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), o Ministério da Economia enviou um ofício ao Congresso Nacional pedindo que fossem reservados R$ 2,5 bilhões para reajustes salariais em 2022
No entanto, o orçamento enviado só prevê correção salarial para a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen)
Como consequência, servidores da Receita Federal e do Banco Central começaram a entregar cargos, em protesto
Além disso, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), composto por mais de 30 categorias, programou para 18 de janeiro o Dia Nacional de Mobilização. A intenção é pressionar o governo a conceder reajuste para todos os servidores
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O governo Bolsonaro vive período conturbado com alguns servidores públicos. Tudo começou depois que foi anunciado reajuste salarial para policiais, mas o aumento financeiro de outras categorias ficou de fora dos planos

Hugo Barreto/Metrópoles
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O aumento salarial para a área da segurança partiu de uma demanda do próprio presidente

Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
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No fim de 2021, antes da votação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), o Ministério da Economia enviou um ofício ao Congresso Nacional pedindo que fossem reservados R$ 2,5 bilhões para reajustes salariais em 2022

Thiago S. Araújo/Especial para o Metrópoles
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No entanto, o orçamento enviado só prevê correção salarial para a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen)

Matheus Veloso/Especial Metrópoles
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Como consequência, servidores da Receita Federal e do Banco Central começaram a entregar cargos, em protesto

Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Além disso, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), composto por mais de 30 categorias, programou para 18 de janeiro o Dia Nacional de Mobilização. A intenção é pressionar o governo a conceder reajuste para todos os servidores

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Sem resposta, servidores públicos de mais de 40 órgãos federais realizaram, no dia 18 de janeiro, protestos em frente ao Banco Central e ao Ministério da Economia, em Brasília, cobrando por reajustes com base na correção da inflação

MmeEmil / Getty Images
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Em meio à repercussão, Bolsonaro chegou a afirmar que todos os servidores merecem aumento. Contudo, em nenhum momento especificou se outras categorias, além da segurança pública, receberiam o reajuste

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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A pressão do funcionalismo público por aumento salarial tem preocupado a equipe econômica. O ministro Paulo Guedes, no entanto, não esconde que é contra qualquer reajuste

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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De acordo com Guedes, o governo precisa “ficar firme”. “Sem isso, é como Brumadinho: pequenos vazamentos sucessivos, até explodir a barragem e todos morrerem na lama”, disse o ministro sobre o assunto

Fábio Vieira/Metrópoles

Entre os atrativos, Cristiano cita aumento no salário líquido do servidor, já que as alíquotas de contribuição são menores; correção da aposentadoria todos anos pela inflação, o que não ocorre no Regime Próprio;  além de melhores condições em pensões por morte ou invalidez.

“A migração é voluntária. Muita gente está percebendo que migrar é vantajoso. É uma questão de fazer conta, avaliar a idade, o tempo de serviço público”, explica. Segundo ele, mais de 900 servidores da União já optaram pelo modelo.

Cristiano minimiza as críticas de entidades sinciciais. “Temos feito palestras com cada órgão e cada associação. Desde o início do prazo, em maio, 75 palestras”, conclui.

O diretor cita que nas trê janelas anteriores de migração mais de 18 mil servidores optaram pela Funpresp.

Uma das principais críticas de entidades sindicais é a sustentabilidade do modelo. “A Funpresp não depende de novas adesões. Se não entrar ninguém, não impacta na aposentadoria de ninguém”, explica.

Cristiano detalha que as aposentadorias são pagas pelo acúmulo das contribuições mais os benefícios da migração.

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