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Mourão diz que não há espaço no Orçamento para reajuste de servidores

Segundo o vice-presidente, Bolsonaro ainda não decidiu sobre reajuste para o funcionalismo. Servidores fazem greve nesta terça-feira (18/1)

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Presidente Jair Bolsonaro e Vice-presidente Hamilton Mourão
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro e Vice-presidente Hamilton Mourão - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), colocou em dúvida a concessão de reajustes salariais a servidores, mesmo às categorias da segurança e da saúde. Em entrevista quando chegou ao seu gabinete nesta terça-feira (18/1), o general lembrou que não há espaço orçamentário para atender o funcionalismo público.

“Você sabe muito bem que não tem espaço no orçamento para isso, né?”, afirmou ele. Servidores de mais de 40 categorias do governo federal fazem greve nesta terça por reajuste salarial e reestruturação de carreiras.

Questionado se o reajuste ficará, então, limitado a servidores da segurança e saúde, para os quais os aumentos já foram prometidos, Mourão respondeu: “Não sei nem se o presidente vai conceder isso aí”.

Em seguida, ele afirmou que é preciso esperar o chefe do Executivo federal “bater o martelo”.

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O aumento salarial para a área da segurança partiu de uma demanda do próprio presidente
No fim de 2021, antes da votação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), o Ministério da Economia enviou um ofício ao Congresso Nacional pedindo que fossem reservados R$ 2,5 bilhões para reajustes salariais em 2022
No entanto, o orçamento enviado só prevê correção salarial para a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen)
Como consequência, servidores da Receita Federal e do Banco Central começaram a entregar cargos, em protesto
Além disso, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), composto por mais de 30 categorias, programou para 18 de janeiro o Dia Nacional de Mobilização. A intenção é pressionar o governo a conceder reajuste para todos os servidores
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O governo Bolsonaro vive período conturbado com alguns servidores públicos. Tudo começou depois que foi anunciado reajuste salarial para policiais, mas o aumento financeiro de outras categorias ficou de fora dos planos

Hugo Barreto/Metrópoles
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O aumento salarial para a área da segurança partiu de uma demanda do próprio presidente

Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
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No fim de 2021, antes da votação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), o Ministério da Economia enviou um ofício ao Congresso Nacional pedindo que fossem reservados R$ 2,5 bilhões para reajustes salariais em 2022

Thiago S. Araújo/Especial para o Metrópoles
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No entanto, o orçamento enviado só prevê correção salarial para a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen)

Matheus Veloso/Especial Metrópoles
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Como consequência, servidores da Receita Federal e do Banco Central começaram a entregar cargos, em protesto

Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Além disso, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), composto por mais de 30 categorias, programou para 18 de janeiro o Dia Nacional de Mobilização. A intenção é pressionar o governo a conceder reajuste para todos os servidores

Morsa Images/ Getty Images
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Sem resposta, servidores públicos de mais de 40 órgãos federais realizaram, no dia 18 de janeiro, protestos em frente ao Banco Central e ao Ministério da Economia, em Brasília, cobrando por reajustes com base na correção da inflação

MmeEmil / Getty Images
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Em meio à repercussão, Bolsonaro chegou a afirmar que todos os servidores merecem aumento. Contudo, em nenhum momento especificou se outras categorias, além da segurança pública, receberiam o reajuste

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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A pressão do funcionalismo público por aumento salarial tem preocupado a equipe econômica. O ministro Paulo Guedes, no entanto, não esconde que é contra qualquer reajuste

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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De acordo com Guedes, o governo precisa “ficar firme”. “Sem isso, é como Brumadinho: pequenos vazamentos sucessivos, até explodir a barragem e todos morrerem na lama”, disse o ministro sobre o assunto

Fábio Vieira/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) já prometeu reajuste para agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Federal (PF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), categorias que compõem sua base eleitoral. O Ministério da Economia, porém, é contrária à medida e teme que a concessão de reajuste gere pressões de outros setores do funcionalismo.

A manifestação de servidores ocorre às vésperas do prazo final de sanção do Orçamento deste ano, que tem a previsão de R$ 1,79 bilhão de aumento para dar o reajuste a policiais federais. Bolsonaro, entretanto, vem sendo pressionado pela equipe econômica do governo a recusar o aumento.

Bolsonaro quer aguardar Congresso

O colunista do Metrópoles Igor Gadelha apurou que o presidente quer aguardar o retorno dos trabalhos do Congresso Nacional, no início de fevereiro, para decidir se concederá ou não reajuste salarial e reestruturação da carreira a policiais federais.

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