1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro e Vice-presidente Hamilton Mourão
- Foto: Igo Estrela/Metrópoles
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), colocou em dúvida a concessão de reajustes salariais a servidores, mesmo às categorias da segurança e da saúde. Em entrevista quando chegou ao seu gabinete nesta terça-feira (18/1), o general lembrou que não há espaço orçamentário para atender o funcionalismo público.
Questionado se o reajuste ficará, então, limitado a servidores da segurança e saúde, para os quais os aumentos já foram prometidos, Mourão respondeu: “Não sei nem se o presidente vai conceder isso aí”.
Em seguida, ele afirmou que é preciso esperar o chefe do Executivo federal “bater o martelo”.
O governo Bolsonaro vive período conturbado com alguns servidores públicos. Tudo começou depois que foi anunciado reajuste salarial para policiais, mas o aumento financeiro de outras categorias ficou de fora dos planos
Hugo Barreto/Metrópoles
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O aumento salarial para a área da segurança partiu de uma demanda do próprio presidente
Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
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No fim de 2021, antes da votação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), o Ministério da Economia enviou um ofício ao Congresso Nacional pedindo que fossem reservados R$ 2,5 bilhões para reajustes salariais em 2022
Thiago S. Araújo/Especial para o Metrópoles
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No entanto, o orçamento enviado só prevê correção salarial para a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen)
Matheus Veloso/Especial Metrópoles
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Como consequência, servidores da Receita Federal e do Banco Central começaram a entregar cargos, em protesto
Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Além disso, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), composto por mais de 30 categorias, programou para 18 de janeiro o Dia Nacional de Mobilização. A intenção é pressionar o governo a conceder reajuste para todos os servidores
Morsa Images/ Getty Images
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Sem resposta, servidores públicos de mais de 40 órgãos federais realizaram, no dia 18 de janeiro, protestos em frente ao Banco Central e ao Ministério da Economia, em Brasília, cobrando por reajustes com base na correção da inflação
MmeEmil / Getty Images
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Em meio à repercussão, Bolsonaro chegou a afirmar que todos os servidores merecem aumento. Contudo, em nenhum momento especificou se outras categorias, além da segurança pública, receberiam o reajuste
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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A pressão do funcionalismo público por aumento salarial tem preocupado a equipe econômica. O ministro Paulo Guedes, no entanto, não esconde que é contra qualquer reajuste
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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De acordo com Guedes, o governo precisa “ficar firme”. “Sem isso, é como Brumadinho: pequenos vazamentos sucessivos, até explodir a barragem e todos morrerem na lama”, disse o ministro sobre o assunto
O líder do PSC e vice-líder do governo na Câmara, deputado Aluísio Mendes (MA), afirmou Bolsonaro quer “tratar esse assunto” com os parlamentares e com a sociedade.
A ideia inicial do presidente era tratar da reestruturação da carreira, que diferenciaria mais o salário de entrada na PF do salário final das carreiras, via Medida Provisória.
Agora, de acordo com o líder do PSC, a tendência é debater isso entre fevereiro e março por meio de um projeto de lei que começará a tramitar pela Câmara dos Deputados.
Diante da reação, aliados de Bolsonaro, como o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), já levantaram a hipótese de não conceder reajuste para nenhuma carreira do funcionalismo público.
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