Guedes: servidor com filiação partidária não terá estabilidade
Antes de enviar a reforma administrativa ao Congresso, o ministro da Economia afirmou que o governo quer “combater privilégios”
atualizado
Compartilhar notícia
Mesmo sem enviar a reforma administrativa ao Congresso nesta terça-feira (05/11/2019), o ministro da Economia, Paulo Guedes, adiantou pontos do texto que deve ser apresentados nos próximos dias.
O ministro centralizou seu discurso na estabilidade dos futuros servidores públicos. Ele adiantou que pretende retirar o “privilégio” daqueles que têm filiação partidária.
“O servidor público é aquele que serve ao público por alguns anos, antes de ter estabilidade. Não ao ser concursado. Não queremos isso”, avaliou Paulo Guedes.
Ele concluiu o raciocínio. “Tem filiação, não é servidor público, é militante. Não terá estabilidade. Servidor público não é quem carrega no peito broche de partido”, concluiu.
Segundo Guedes, o governo não quer retirar “benefícios e direitos”, mas sim, combater privilégios. “Que história é essa de privilégio? Um ascensorista da Câmara ganha seis vezes mais que um da iniciativa privada”, destacou.
A equipe tem se baseado em modelos da Alemanha, da Franca e dos Estados Unidos. “Os funcionários mais experientes estão colaborando com a reforma administrativa e têm desejos atendidos. Na verdade, o que estamos fazendo é aperfeiçoar o modelo”, sinalizou.
Segundo Guedes, o número de carreiras será de no máximo 30. O Metrópoles adiantou a intenção do governo no mês passado. Atualmente, são 117.
“Hoje, 40% dos servidores se aposentarão em até 7 anos. A digitalização poderá aumentar a produtividade. Vamos mudar a mentalidade. Até o fim do ano a reforma pode estar aprovada”, concluiu.