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Guedes se desculpa após polêmica com servidor: “Me expressei mal”

Depois de reação do funcionalismo público ao termo “parasitas”, ministro volta atrás. Deputados querem convocação para esclarecimentos

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Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
Brasília (DF), 23/07/2019 Cerimônia de Lançamento do Novo Mercado de Gás local: Palacio do planalto
1 de 1 Brasília (DF), 23/07/2019 Cerimônia de Lançamento do Novo Mercado de Gás local: Palacio do planalto - Foto: Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Dois dias após desencadear entrevero com o funcionalismo público, o ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu desculpas por ter usado o termo “parasita” ao se referir a servidores.

Em mensagem de texto por WhatsApp, Guedes afirma que se expressou “muito mal”. A mensagem foi encaminhada para jornalistas, auxiliares, amigos e interlocutores do governo nesta segunda-feira (10/02/2020).

“Eu me expressei muito mal e peço desculpas não só a meus queridos familiares e amigos mas a todos os exemplares funcionários públicos a quem descuidadamente eu possa ter ofendido“, escreveu o ministro.

Guedes pontuou que não se referia aos servidores. “Falava dos casos extremos em que municípios e estados gastam todas as receitas com salários elevados, de modo que nada sobrava para educação, segurança, saúde e saneamento”, finalizou.

Na última sexta-feira (07/02/2020), ao defender a reforma administrativa no Rio de Janeiro, Guedes afirmou que “o cara [servidor] virou um parasita, o dinheiro não chega ao povo e ele quer aumento automático”. A União mantém 607 mil servidores ativos. Em todas as esferas, são 12 milhões de funcionários públicos.

Desde então, o ministro centralizou uma polêmica, foi alvo de diversas críticas e colocou em xeque a negociação da reforma administrativa, que, segundo Guedes, será enviada ao Congresso ainda nesta semana.

A reforma vai reestruturar as regras do funcionalismo e prevê o fim da estabilidade de futuros servidores, além do alongamento do tempo para a ascensão na carreira e redução de salários e de categorias.

Nesta segunda-feira (10/02/2020), o ministro esteve reunido com secretários especiais da pasta, em Brasília, e à tarde tem um encontro com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no Palácio do Planalto.

Repercussão
A Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público, grupo que reúne 235 congressistas, decidiu protocolar na Câmara dos Deputados requerimento com o pedido de convocação de Guedes. A ideia é questionar o ministro sobre o que ancora a fala e a justificativa dele.

Já entre os servidores, a reação administrativa caberá à Comissão de Ética da Presidência da República. O Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate) apresentará nesta terça-feira (11/02/2020) denúncia contra o ministro.

Após a polêmica, o Ministério da Economia divulgou nota explicando que as declarações de Guedes foram “retiradas de contexto”. “O ministro lamenta profundamente que sua fala tenha sido retirada de contexto pela imprensa, desviando o foco do que é realmente importante no momento: transformar o Estado brasileiro para prestar melhores serviços ao cidadão”, destaca o texto.

Reforma no forno
Guedes garante que a reforma administrativa será enviada ao Congresso ainda nesta semana. A previsão foi dada em um seminário da Fundação Getulio Vargas (FGV), na última sexta-feira (07/02/2020). O governo deve fatiar o texto para facilitar a tramitação.

De acordo com o economista, a máquina pública, nas três esferas de governo, não se sustenta financeiramente por questões fiscais e, por isso, a carreira do funcionalismo precisa ser revista.

Entre os pontos já adiantados pelo governo, está o de que os salários ficam de fora. Essa mudança exige leis próprias.

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