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Guedes diz que reajuste “de até 5%” a servidores é possível este ano

Declaração veio durante o Fórum Econômico Mundial em Davos. Ministro da Economia, porém, afirma que perdas aconteceram no mundo inteiro

atualizado

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Ministro da Economia, Paulo Guedes, da Saúde, Marcelo Queiroga, da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e o da Comunicação, Fábio Faria, falam com a imprensa após jantar do presidente Bolsonaro com empresários
1 de 1 Ministro da Economia, Paulo Guedes, da Saúde, Marcelo Queiroga, da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e o da Comunicação, Fábio Faria, falam com a imprensa após jantar do presidente Bolsonaro com empresários - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Apesar de o presidente Jair Bolsonaro (PL) ter recuado na definição do reajuste de 5% aos servidores públicos, na semana passada, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (25/5), em Davos, que o aumento é o único possível dentro do Orçamento. O ministro citou especificamente as forças de segurança para dizer que o governo gostaria de gastar mais nesse sentido.

Em entrevista a jornalistas no Fórum Econômico Mundial em Davos, no qual representa o Brasil, Guedes disse que Bolsonaro até gostaria de dar o reajuste aos policiais, mas isso seria “visto como aliciamento”. Apesar disso, o presidente continua falando em aumento diferenciado para Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Departamento Penitenciário (Depen), por exemplo.

“Você pode até dar alguma coisa, mas esquece o que ficou para trás. Perdas acontecem. Todo mundo perdeu no mundo inteiro. Daqui para frente, é preciso manter? A inflação acumulada neste ano é de 5% até agora. É possível repor o funcionalismo deste ano? Sim, é possível, até 5% dá. É por lei, em ano eleitoral, você só pode dar até a inflação e linear”, explicou o titular da Economia.

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O aumento salarial para a área da segurança partiu de uma demanda do próprio presidente
No fim de 2021, antes da votação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), o Ministério da Economia enviou um ofício ao Congresso Nacional pedindo que fossem reservados R$ 2,5 bilhões para reajustes salariais em 2022
No entanto, o orçamento enviado só prevê correção salarial para a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen)
Como consequência, servidores da Receita Federal e do Banco Central começaram a entregar cargos, em protesto
Além disso, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), composto por mais de 30 categorias, programou para 18 de janeiro o Dia Nacional de Mobilização. A intenção é pressionar o governo a conceder reajuste para todos os servidores
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O governo Bolsonaro vive período conturbado com alguns servidores públicos. Tudo começou depois que foi anunciado reajuste salarial para policiais, mas o aumento financeiro de outras categorias ficou de fora dos planos

Hugo Barreto/Metrópoles
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O aumento salarial para a área da segurança partiu de uma demanda do próprio presidente

Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
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No fim de 2021, antes da votação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), o Ministério da Economia enviou um ofício ao Congresso Nacional pedindo que fossem reservados R$ 2,5 bilhões para reajustes salariais em 2022

Thiago S. Araújo/Especial para o Metrópoles
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No entanto, o orçamento enviado só prevê correção salarial para a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen)

Matheus Veloso/Especial Metrópoles
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Como consequência, servidores da Receita Federal e do Banco Central começaram a entregar cargos, em protesto

Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Além disso, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), composto por mais de 30 categorias, programou para 18 de janeiro o Dia Nacional de Mobilização. A intenção é pressionar o governo a conceder reajuste para todos os servidores

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Sem resposta, servidores públicos de mais de 40 órgãos federais realizaram, no dia 18 de janeiro, protestos em frente ao Banco Central e ao Ministério da Economia, em Brasília, cobrando por reajustes com base na correção da inflação

MmeEmil / Getty Images
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Em meio à repercussão, Bolsonaro chegou a afirmar que todos os servidores merecem aumento. Contudo, em nenhum momento especificou se outras categorias, além da segurança pública, receberiam o reajuste

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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A pressão do funcionalismo público por aumento salarial tem preocupado a equipe econômica. O ministro Paulo Guedes, no entanto, não esconde que é contra qualquer reajuste

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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De acordo com Guedes, o governo precisa “ficar firme”. “Sem isso, é como Brumadinho: pequenos vazamentos sucessivos, até explodir a barragem e todos morrerem na lama”, disse o ministro sobre o assunto

Fábio Vieira/Metrópoles

Secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Esteves Colnago analisou, na última sexta (20/5), que o reajuste de 5% para os servidores públicos federais pode fazer com que o bloqueio do orçamento de 2022 aumente para até R$ 16,2 bilhões.

A decisão do governo federal de conceder reajuste salarial de 5% para todos os servidores públicos federais a partir de julho foi antecipada, em abril, pela coluna do Igor Gadelha, no Metrópoles. Ela teria sido tomada numa reunião entre ministros do governo na Casa Civil, pasta comandada pelo senador licenciado Ciro Nogueira. O custo estimado para a medida seria de cerca de R$ 6 bilhões somente em 2022.

O Orçamento da União para este ano, porém, só tem reservado para aumento salarial de servidores o valor de R$ 1,7 bilhão. Com isso, a administração pública teria que remanejar recursos de outras áreas para bancar o reajuste linear para todas as categorias do funcionalismo federal.

Contra greves, governo prepara propostas para categorias insatisfeitas

A ideia inicial do governo era direcionar os recursos para agentes da PF, da PRF e do Depen. A equipe econômica, na época, manifestou-se contra a medida, sob o argumento de que a concessão de reajuste poderia gerar pressões de outros setores do funcionalismo.

Com a expectativa de que apenas forças policiais recebessem o montante, outras categorias reagiram, o que levou o governo a temer greve geral em pleno ano eleitoral, quando o presidente Jair Bolsonaro tentará mais quatro anos à frente do Planalto.

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