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Greve dos Correios: TST manda 70% dos servidores voltarem ao trabalho

Os Correios ainda poderão descontar o salário dos servidores que fizerem parte da greve

atualizado

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Vinícius Santa Rosa/Metrópoles
Correios – Agência conceito dos Correios no Setor Hoteleiro Sul
1 de 1 Correios – Agência conceito dos Correios no Setor Hoteleiro Sul - Foto: Vinícius Santa Rosa/Metrópoles

O ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Maurício Godinho Delgado determinou, no fim da tarde desta quinta-feira (12/09/2019), que 70% dos funcionários dos Correios devem voltar ao trabalho. Desde a última quarta-feira (11/09/2019), os servidores deram início a uma greve nacional.

Além disso, o ministro não impediu que a empresa estatal desconte salários de servidores que aderirem à greve. Na tarde desta quinta-feira (12/09/2019), os Correios e as representações sindicais participaram de audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília (DF).

“Os Correios vêm atuando na construção de um acordo coletivo de trabalho condizente com a sua situação econômica atual. Hoje, o prejuízo acumulado pela empresa é de aproximadamente R$ 3 bilhões”, destacou a empresa, em nota.

O ministro ponderou, em sua decisão, que o serviço dos Correios é considerado essencial. Por isso, ele determinou uma multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento do retorno ao trabalho de ao menos 70% do contingente.

Alegando a “minimização dos impactos da paralisação”, os Correios aceitaram a proposta de encaminhamento do TST. A empresa, no entanto, exigiu o fim do movimento grevista.

Fim da greve
As representações sindicais se comprometeram a levar a proposta de encerramento da paralisação parcial para as assembleias o mais rápido possível, fixando como prazo máximo de deliberação terça-feira (17/09/2019), às 22h.

Durante dois meses de negociação junto às representações sindicais, na tarde de quarta-feira (11/09/2019) a empresa ingressou com ação de dissidio junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST). Com relação aos pedidos das categorias, a estatal alega não estar em condições de atender a todas as demandas. “As federações, por sua vez, reivindicam vantagens impossíveis de serem concedidas no atual momento da empresa e da própria economia do País, que hoje soma mais de 12 milhões de desempregados”, destacou, em nota.

“Com o julgamento do dissídio pelo TST, instituição basilar da relação laboral, a empresa espera alcançar o objetivo de chegar a um entendimento razoável sobre o ACT 2019/2020, com a confiança de que o Tribunal reconhece a importância de, neste momento, retomar o equilíbrio financeiro de uma empresa tão estratégica quanto os Correios. Vale destacar que, atualmente, as despesas com pessoal equivalem a 62% dos dispêndios anuais da empresa”, prosseguiu.

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