Governo reduz bloqueio de gastos; aumento a servidores fica sem espaço
Contingenciamento de recursos da administração pública cai de R$ 8,2 bilhões para R$ 6,96 milhões; decisão sobre aumento só no fim do mês
atualizado
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O Ministério da Economia anunciou, nesta segunda-feira (6/6), que o bloqueio de gastos do governo caiu de R$ 8,2 bilhões para R$ 6,96 bilhões.
A pasta informou que a redução do corte foi possível porque desistiu de manter R$ 1,74 bilhão reservado para pagar uma parte do reajuste dos servidores do Executivo federal, aumento que vem sendo ventilado há meses pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com as informações divulgadas, somente no fim do mês de junho é que se poderá ter uma decisão sobre o pretendido reajuste dos servidores.
As negociações para aumento de salários têm sido feitas com idas e vindas pelo governo. A ideia é conceder aumento linear de 5% nos salários, o que custaria R$ 6,3 bilhões. Sem a reserva, o dinheiro do reajuste teria que vir de novo bloqueio no orçamento dos ministérios.
O acréscimo de 5%, contudo, é considerado “insuficiente” por representantes das categorias de funcionários públicos. Alguns grupos têm feito manifestações, paralisações e até greves para pressionar o governo, como os servidores do Banco Central e do Tesouro Nacional.
Em ano eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro (PL) quer evitar ao máximo atrapalhar os programas em execução pelas diversas pastas, mas depois de prometer aumento para categorias policiais, viu o reajuste virar exigência de todo o funcionalismo. Agora, a equipe econômica tenta achar uma solução que contemple as duas situações.
Confira como ficará o bloqueio em cada pasta do governo:
Presidência da República: R$ 25 milhões
Ciência, Tecnologia e Inovações: R$ 2,5 bilhões
Educação: R$ 1,59 bilhão
Justiça e Segurança Pública: R$ 117 milhões
Minas e Energia: R$ 46,9 milhões
Relações Exteriores: R$ 120,6 milhões
Saúde: R$ 1,25 bilhão
Infraestrutura: R$ 199,8 milhões
Comunicações: R$ 87,39 milhões
Defesa: R$ 706,9 milhões
Desenvolvimento Regional: R$ 149,8 milhões
Turismo: R$ 36,55 milhões
Cidadania: R$ 94,49 milhões
Mulher, da Família e dos Direitos Humanos: R$ 9,65 milhões
Banco Central do Brasil: R$ 18,73 milhões