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Governo pede doação de computadores para manter servidores em home office

O Ministério da Economia abriu chamamento público para receber computadores, notebooks e tablets. As propostas serão recebidas até 30/06

atualizado

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Servidor Publico – Trabalhador
1 de 1 Servidor Publico – Trabalhador - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O trabalho remoto virou uma realidade para mais da metade dos servidores públicos federais com a pandemia do novo coronavírus. A mudança na rotina exige adaptações, como a utilização de sistemas on-line. Contudo, alguns empregados públicos não têm os equipamentos necessários, por exemplo tablets e computadores em casa. O governo federal também não possui aparelhos suficientes para distribuir.

Para solucionar a carestia de recursos, a Central de Compras do Ministério da Economia abriu um chamamento público para receber doação de computadores, notebooks e tablets para serem utilizados por servidores em home office. As propostas serão recebidas até 30 de junho.

O mais recente balanço da Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal (SGP) do Ministério da Economia, com dados até 22 de maio, mostra que 51% dos 600 mil servidores do quadro federal estão trabalhando de casa.

Ministério Economia abriu um chamamento público para receber doação de computadores, notebooks e tablets
Ministério Economia abriu um chamamento público para receber doação de computadores, notebooks e tablets

Os servidores estão afastados das repartições há quase três meses. O governo editou a primeira instrução normativa que adequou o funcionamento do serviço público aos efeitos da pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, em 12 de março.

O trabalho remoto é alvo de desentendimentos entre o governo e a categoria. A Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) enviou um ofício ao ministro da Economia, Paulo Guedes, solicitando que o trabalho remoto seja aplicado a toda a administração pública federal, com exceção de setores essenciais. O documento de 24 de março não teve resposta.

Secretário-geral da Condsef, Sergio Ronaldo da Silva classificou o pedido de doação como “vergonhoso”. “O Executivo, em vez de investir para que as pessoas cumpram seu trabalho, para que isso seja feito com melhor qualidade, não o faz. É uma coisa esdrúxula. O governo tem condições de comprar seus equipamentos e aparelhos. Para o servidor, esse pedido de doação é humilhante”, criticou.

As doações recebidas pelo governo federal já somam R$ 24 milhões. Desde o começo da pandemia, o Ministério da Economia obteve insumos de saúde, como máscaras, protetores oculares e faciais, luvas, sabão líquido, álcool em gel, termômetros e respiradores.

O governo também recebeu doações de outros itens, como computadores, tablets e serviços de logística para transportar insumos de saúde para o Brasil.

“No caso dos itens de saúde, as doações são encaminhadas para o Ministério da Saúde, que distribui o material entre as unidades de saúde. Já para os outros itens, como computadores e tablets, o Ministério da Economia encaminha as doações em conjunto com os outros órgãos”, explica, em nota.

A maior parte dos donativos são oriundos de pessoas jurídicas. As ações ocorrem pelo site reuse.gov.br, que inclui doações com ou sem ônus para o governo. O interessado deve incluir as informações sobre o produto ou serviço, anexar fotos e indicar, opcionalmente, se é para um órgão específico.

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O Ministério da Economia lançou certame para a contratação temporária de 300 profissionais. As provas também vão selecionar 1.830 candidatos para cadastro reserva. As vagas para nível médio oferecem salários de R$ 1,7 mil, e os cargos de nível superior preveem vencimentos entre R$ 3,8 mil e R$ 6,1 mil

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