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Governo aprova demissão voluntária para empregados de sete estatais

Planalto espera desligar, com os PDVs, mais de 21 mil trabalhadores e economizar R$ 2,3 bilhões por ano em folha de pagamento

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ANDRE DUSEK/ESTADÃO
CORREIOS / POLITICOS ( ESPECIAL DOMINICAL )
1 de 1 CORREIOS / POLITICOS ( ESPECIAL DOMINICAL ) - Foto: ANDRE DUSEK/ESTADÃO

O Ministério da Economia anunciou, nesta quinta-feira (16/05/2019), que o governo Bolsonaro aprovou programas de demissão voluntária (PDVs) para setes estatais federais. Segundo a Secretaria Especial de Desestatização e Desinvestimento do ministério, a medida faz parte da meta do Planalto de diminuir a máquina estatal. A expectativa é que os programas resultem no desligamento de mais de 21 mil empregados públicos e em uma economia de R$ 2,3 bilhões por ano em folha de pagamento.

Correios (foto em destaque), Petrobras, Infraero e Embrapa já divulgaram seus PDVs. Por uma questão estratégica, de acordo com informações da Secretaria de Desestatização, não serão divulgadas, por ora, as outras empresas que tiveram aprovadas as demissões voluntárias. As próprias companhias anunciarão seus programas quando julgarem oportuno.

Segundo o secretário de Coordenação e Governança das Estatais, do Ministério da Economia, Fernando Soares, o governo espera que os programas aprovados sejam finalizados ainda neste ano. Soares informou, ainda, que a “ideia do PDV é redução de custos, com aumento da produtividade das empresas estatais”.

As empresas estatais devem ter foco em eficiência, produtividade e economia de custos. Temos que primar por uma alocação eficiente do recurso. Toda a nossa ação é nesse sentido de melhorar a entrega dessas entidades para a sociedade brasileira

Fernando Soares, secretário de Coordenação e Governança das Estatais, do Ministério da Economia

Benefícios
“Cabe à gestão fazer um trabalho junto aos seus empregados para que o PDV seja mais bem entendido por eles. É preciso que a área de Recursos Humanos da empresa e a diretoria mostrem os benefícios da adesão ao programa”, disse.

De acordo com Soares, além dos sete PDVs já aprovados, a secretaria estuda a adoção de mais quatro programas de empresas distintas, ainda para este ano, fechando em 11 as empresas a adotar o PDV.

Na Petrobras, economia de mais de R$ 4 bi
Anunciado no último dia 8, só o programa de demissão voluntária na Petrobras deve atrair entre 4.300 a 4.500 funcionários, gerando uma economia de R$ 4,08 bilhões até 2023 – a estatal deve gastar por ano R$ 1,1 bilhão para implantar a medida.

O prazo de adesão está valendo e vai até 30 de junho de 2020. O público-alvo da iniciativa são os empregados que estejam aposentados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) até junho de 2020. A Petrobras identificou que há quase 7.500 empregados elegíveis nesta condição e espera que o índice de adesão ao PDV chegue a 68%.

 

Na Infraero, o objetivo é desligar cerca de 600 funcionários. Já os Correios esperam adesão de 7.300 empregados e a Embrapa, de 3 mil.

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