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Em 2019, déficit de servidores foi a 24 mil, o maior em 20 anos

Segundo sindicato, o serviço público contou com um grande número de pedidos de aposentadoria devido à tramitação da reforma da Previdência

atualizado

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Thiago S. Araújo/Especial para o Metrópoles
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1 de 1 servidor-público - Foto: Thiago S. Araújo/Especial para o Metrópoles

O primeiro ano do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fechou com um saldo negativo de 24 mil servidores. Até outubro, 9.784 pessoas foram contratadas. Paralelamente a isso, o funcionalismo teve 33.848 aposentadorias concedidas.

Desta forma, o saldo entre entradas e saídas de funcionários no Executivo Federal ficou negativo em cerca de 24 mil trabalhadores no ano. Os dados foram levantados pelo Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Estado de Pernambuco (Sindsep-PE), que aponta o índice como o maior em quase duas décadas.

Segundo a entidade, o serviço público contou com um grande número de pedidos de aposentadoria devido à tramitação da reforma da Previdência.

Segundo a entidade, as vacâncias prejudicam o funcionamento dos serviços públicos. A situação, segundo o sindicato, fica ainda pior com a extinção de postos.

Nos últimos dias de 2019, o governo editou um decreto para extinguir 27,5 mil cargos. Destes, a maioria é ligada ao Ministério da Saúde. O decreto também vedou concursos para 68 profissões.

“É uma política de desmonte do serviço público, capitaneada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e pelo próprio Jair Bolsonaro. Ambos querem privatizar tudo o que puderem para repassar os serviços para a iniciativa privada”, critica o coordenador geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira, em comunicado.

A reportagem entrou em contato com o Ministério da Economia, mas não obteve resposta até a última atualização deste texto. O espaço continua aberto a manifestações.

Ameaça de greve
Os servidores organizam um movimento nacional contrário às mudanças promovidas pelo governo federal no funcionalismo público. O grupo é contra a reforma administrativa, a redução de jornada de trabalho e as privatizações de estatais. Essas agendas dividem o funcionalismo e a equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em lados antagônicos.

As articulações para o movimento começaram em novembro, quando o governo cortou R$ 5,4 bilhões na despesa com servidores. À época, a Plenária Nacional em Defesa dos Serviços Públicos Municipal, Estadual e Federal, das Empresas Estatais, do Brasil e dos Trabalhadores aprovou um manifesto unificado.

Entidades sindicais das três esferas do funcionalismo assinaram o documento, que, entre outros pontos, destaca a importância do serviço público para a sociedade. A greve está prevista para 18 de março.

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