Em 15 dias, servidores de três órgãos enviaram 168 atestados via aplicativo
Em projeto-piloto, empregados da UnB, do Ministério da Saúde no DF e do Instituto Federal de São Paulo usam o sistema, que será ampliado
atualizado
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Lançada recentemente pelo Ministério da Economia e restrita a apenas três órgãos do funcionalismo público federal, a possibilidade de enviar atestados médicos por um aplicativo de celular tem se mostrado uma forma prática de pedir o afastamento das atividades.
Em 15 dias, servidores de três órgãos enviaram 168 atestados via aplicativo. Os dados foram compilados pelo Ministério da Economia, a pedido do Metrópoles. No período, em média, foram 11 afastamentos diários.
Nessa primeira fase do Atestado Web, que teve início em 21 de setembro, apenas as unidades do Subsistema Integrado de Atenção à Saúde (Siass) do Ministério da Saúde, em Brasília, da Universidade de Brasília (UnB) e do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) contam com acesso e atuarão como unidades-piloto. Juntas, elas respondem por mais de 21 mil servidores.
Sozinha, a UnB representa 65% dos atestados registrados pelo aplicativo no período. Os servidores da universidade, entre técnicos e professores, enviaram 110 pedidos de afastamento com justificativa médica.
Números de envio do atestado pelo aplicativo:
- Universidade de Brasília – 110
- Ministério da Saúde em Brasília – 28
- Instituto Federal de São Paulo – 30
Ampliação do serviço
Segundo o Ministério da Economia, a partir de 22 de dezembro, todos os servidores federais terão acesso ao Atestado Web. Caso o servidor prefira não enviar o atestado digitalmente, ele pode entregar o documento pessoalmente.
Mais que facilitar o cotidiano do servidor, a intenção do governo é baratear o recebimento do documento nas repartições. A União estima deixar de gastar R$ 27 milhões por ano com recebimento digital.
O valor é calculado no tempo que o servidor leva para se deslocar até uma unidade de saúde, apresentar o atestado médico, digitalizar e cadastrar. Isso dentro do horário de trabalho.
Para a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), entidade que representa os servidores federais, a medida moderniza a forma de homologar os atestados e preserva os trabalhadores durante a pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
“É uma metodologia importante. Facilitou bastante, por evitar o deslocamento e não ter que entregar presencialmente. Está sendo uma experiência positiva, sobretudo no período da pandemia”, afirma o secretário-geral da Condsef, Sérgio Ronaldo da Silva.
Balanço
De acordo com o Ministério da Economia, em 2019, 135.996 agentes públicos foram afastados para tratamento da própria saúde. Ao todo, foram apresentados 361,5 mil atestados. Um servidor pode apresentar mais de um documento ao longo do ano.
A União tem cerca de 600 mil servidores na ativa. Em média, houve 2,7 afastamentos por servidor, sendo que normalmente é de 9,6 dias de ausência das repartições públicas.
Para usar, primeiro é preciso baixar ou atualizar o aplicativo Sigepe Mobile. No menu do serviço, escolha a opção Minha Saúde. Em seguida, clique em Atestado. Aparecerá um campo de informações a serem preenchidas e depois é só anexar a foto do atestado e concluir o envio.
O Ministério da Economia explica que, para atualizar o aplicativo, é preciso um link que será enviado somente para os participantes do projeto-piloto.
No app Sigepe Mobile, o servidor acessará a função Atestado Web. Também pelo aplicativo, serão feitos a análise do documento e o registro pelas unidades do Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor (Siass). Um histórico dos atestados enviados estará disponível para consulta.