Covid-19: União tem 165 infectados e 49% dos servidores em casa
Ministério da Economia registra ao menos 80 mil servidores federais em home office por causa do coronavírus, mas há subnotificação
atualizado
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O coronavírus está obrigando praticamente a metade dos servidores federais a trabalhar de casa, segundo levantamento da Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoas (SGP) do Ministério da Economia, obtido com exclusividade pelo Metrópoles.
O MEC faz um levantamento próprio e não divulga o número de infetados entre professores e técnicos de institutos, escolas e universidades. Dessa forma, excluindo a pasta de Abraham Weintraub, são pelo menos 80 mil servidores federais em home office para ajudar a frear o contágio pela Covid-19, que até o momento atingiu 165 desses funcionários públicos.
Os números constam no último boletim epidemiológico formulado pela equipe econômica e trazem informações da semana de 06 a 10 de abril. Eles mostram um aumento em relação aos dados divulgados na última segunda-feira (13/04), quando havia 103 confirmações de coronavírus na categoria.
O número de pessoas em home office aumentou de 46% para 49,47% no total. Cada órgão tem uma política diferente para o teletrabalho. No entanto, em todas as pessoas de grupos de risco, como idosos e cardiopatas, há aqueles autorizados a cumprir a jornada de casa.
Subnotificação
Segundo o Ministério da Economia, 55,76% das unidades administrativas de gestão de pessoas encaminharam os dados à SGP. Esta parcela representa 158.605 mil servidores ativos. A pasta criou uma ferramenta virtual para que cada órgão repasse suas informações.
O secretário de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas, Wagner Lenhart, disse ao portal Servidor.org que mobilizou sua equipe para conseguir informações sobre a situação de todos os servidores federais.
Na educação
O Ministério da Educação faz uma divulgação própria sobre os impactos do coronavírus, mas não divulga quantos servidores foram infectados pela doença.
Entre os servidores federais da educação, o número de pessoas fora do trabalho presencial é maior do que a média dos demais funcionários públicos.
Nas 69 universidades federais, há 1,18 milhão de pessoas com atividades suspensas entre professores (98 mil), técnicos (118 mil) e alunos (1,12 milhão). É 88,14% do total.
Na rede de escolas federais há 2 milhões de pessoas com atividades suspensas.