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Sérgio Camargo “irá para o lixo da história”, diz Elói Ferreira

Ex-ministro e ex-presidente da Fundação Palmares atacou as medidas do atual gestor da instituição e o taxou de “arrogante” e “prepotente”

atualizado

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Ex-presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), Elói Ferreira de Araújo afirmou, em entrevista ao Metrópoles, que o atual mandatário da instituição, Sérgio Camargo, “irá para o lixo da história”. “Ele é desprezível, não honra nem um pouco a memória dos nossos antepassados”, declarou o ex-ministro da Igualdade Racial no governo de Dilma Rousseff (PT).

Elói comentou, também, as recentes declarações de Camargo, que disse pretender alterar o nome da fundação – que atualmente homenageia Zumbi dos Palmares – para “Princesa Isabel”, que assinou a Lei Áurea em 1888. Segundo o ex-ministro, a tentativa não deve frutificar.

Araújo ainda taxou Camargo de “desprezível” e disse que ele representa “a distopia que o país experimenta”. “É uma gestão que nos envergonha como negros e negras e envergonha toda a nação. É o oposto daquilo que sonharam os criadores da Fundação Cultural Palmares. Essa gestão é um espelho desse presidente negativista, que nunca conseguirá deitar a cabeça no travesseiro sem ouvir as dores, os gemidos de mais de 610 mil vidas que se perderam nessa pandemia”, declarou (confira a partir de 1’20”).

Às vésperas da revisão da Lei de Cotas, sancionada em 2012 por um período de 10 anos, Elói defendeu a iniciativa. “As cotas são constitucionais e mais: vão ao encontro de construir a igualdade de oportunidades e justiça social no nosso país. Precisamos renová-las”, defendeu.

Ele fez parte do grupo que criou o dispositivo no país e, segundo registrou, já existiram medidas parecidas no passado, como a Lei 5.465/68, que reservava 50% das vagas em escolas superiores de Agricultura e Veterinária a filhos de proprietários de terras. De acordo com o relato do ex-presidente da Palmares, essa norma manteve a dinâmica social do campo naquele período.

Elói de Araújo falou sobre a formação do Movimento Ar, do qual é embaixador, que milita pela igualdade racial no país. O grupo tem como objetivo unificar a pauta antirracista. “O Movimento Ar é uma construção bacana. O movimento é para reunir todo mundo nesse perfil da sociedade brasileira juntos e irmanados num sonho. Quando fala do Movimento Ar a gente está falando de esperança, de utopia, está falando que é possível, sim. E eu sou o colaborador incondicional”, apontou.

Araújo ainda falou sobre a falta de iniciativa do governo Bolsonaro em certificar e titular comunidades remanescentes de quilombolas. Confira:


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