Sequestrados por “piratas”, pescadores são encontrados à deriva e amarrados
Eles ficaram desaparecidos cerca de 24 horas. O grupo roubou os camarões da pescaria, redes de nylon, motores e alguns equipamentos de pesca
atualizado
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Dois pescadores foram resgatados à deriva com as mãos e os pés amarrados dentro de uma canoa em Colares, na Ilha do Marajó, no Pará. Eles ficaram desaparecidos por cerca de 24 horas.
Os dois pescadores são camaroeiros e relataram que foram vítimas de criminosos, conhecidos na região por “Piratas do Marajó”. O resgate ocorreu na sexta-feira (20/8).
As famílias registraram boletim de ocorrência. A Polícia Civil do Pará investiga o caso, mas até o momento, ninguém foi preso. A Polícia Militar do Pará encontrou uma arma de fogo calibre 36 usada na investida.
O grupo roubou os camarões da pescaria, redes de nylon, motores e alguns equipamentos de pesca.
Apesar do susto, os pescadores João Batista Gama da Silva, o Jango, e Ronaldo Pereira estão bem e não precisaram de atendimento médico.
Como aconteceu
Segundo Jango, que contou detalhes da história em uma transmissão ao vivo pela internet, eles recolhiam as redes de pesca no fim da tarde de quinta-feira (19/8) quando notaram a chegada de uma embarcação com seis homens encapuzados. Com armas em punho, eles renderam a dupla.
Os dois foram levados para uma casa às margens do Igarapé do Cedro, na mesma região. Jango conta que eles ficaram sob a mira de revólveres e espingardas.
“Eles ficaram o tempo todo ameaçando, dizendo que se a gente ficasse olhando levaria uma bala na cabeça. E o tempo todo batendo no Ronaldo. Daí eles disseram que iriam me matar também porque eu estava defendendo o Ronaldo”, detalhou na gravação.
A desavença com Ronaldo se devia a um assalto anterior. Quando o pescador foi roubado, ele teria mentido sobre sua rede de pesca, que não estava velha, como havia afirmado aos piratas.