Sensação de insegurança em escolas no Brasil é maior que média mundial
Segundo dados do Pisa, o programa internacional de avaliação de estudantes, 10% dos brasileiros têm sensação de insegurança nas escolas
atualizado
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A sensação de insegurança dentro das escolas atinge 10% dos estudantes brasileiros, número maior que a média do restante dos estudantes globais. Os dados são do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2022, divulgados na manhã desta terça-feira (5/12) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Cerca de 10% dos estudantes brasileiros afirmam não se sentirem seguros nas salas de aula da escola no Brasil, em comparação com uma taxa de 7% como média global.
Fora dos espaços de sala de aula (em corredores, por exemplo), o número chega a 13%, contra 10% como média mundial.
Além disso, o percurso até a escola pode ser mais perigoso: 19% dos estudantes afirmaram que não se sentem seguros no caminho até a escola, em contraste com a média global de 8%.
Há ainda,a informação de que 9% dos brasileiros (22% de meninas e 26% dos meninos) são vítimas de bullying algumas vezes no mês, taxa superior à média global, de 7% em 2022.
Contexto brasileiro de insegurança nas escolas
Por ter um acesso mais restrito às armas de fogo, o Brasil não costuma registrar atentados massivos contra civis. Contudo, o país possui a particularidade de registrar atentados contra instituições de ensino – que pode ser um dos fatores que impactam a sensação de insegurança dos estudantes.
De 2001 para cá, foram 32 ataques armados a escolas – a maior parte deles (56,25%) ocorrendo entre 2022 e este ano, e 80% dessas instituições de ensino eram públicas. Os dados são da pesquisa da Universidade de Campinas, liderado por Telma Vinha e equipe para a associação sem fins lucrativos D3e e B3 Social.
Se você suspeita de quaisquer atentados à sua escola, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) possui um canal de denúncia, criado em parceria com a SaferNet Brasil, que faz parte do programa Escola Segura. Em caso de emergências, disque 190 ou recorra à polícia mais próxima.