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Senai: profissões ligadas à tecnologia terão alto crescimento até 2023

Ocupações como condutores de processos robotizados vão criar novas vagas em ritmo acelerado, segundo Mapa do Trabalho Industrial

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1 de 1 tecnologia-educacao - Foto: Senai

Elaborado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), para subsidiar a oferta de cursos da instituição, o Mapa do Trabalho Industrial 2019-2023 aponta: profissões ligadas à tecnologia estão entre as que mais vão crescer nos próximos anos.

Segundo o Mapa, a previsão é de que a ocupação de condutor de processos robotizados apresentará a maior taxa de crescimento percentual do número de empregados para o período: 22,4% de aumento nas vagas disponíveis, enquanto o aumento médio projetado para as ocupações industriais será de cerca de 8,5%.

De acordo com o Senai, é um resultado que reflete as mudanças tecnológicas e a automação do processo de produção, que demandará cada vez mais profissionais na área de implementação de processos robotizados.

O Mapa também estima que o Brasil terá de qualificar 10,5 milhões de trabalhadores em ocupações industriais nos níveis superior, técnico, qualificação profissional e aperfeiçoamento até 2023.

Essas ocupações têm em sua formação conhecimentos de base industrial – e por isso são oferecidas pelo Senai. Todavia, os profissionais podem trabalhar tanto na indústria quanto em outros setores.

O levantamento mostra que as áreas que mais vão demandar formação profissional são transversais (1,7 milhão), metalmecânica (1,6 milhão), construção (1,3 milhão), logística e transporte (1,2 milhão), alimentos (754 mil), informática (528 mil), eletroeletrônica (405 mil), energia e telecomunicações (359 mil).

Profissionais com qualificação transversal trabalham em qualquer segmento, como os capacitados em pesquisa e desenvolvimento, técnicos de controle da produção e desenhistas industriais, que atuam em várias áreas.

Aperfeiçoamento
A demanda por qualificação prevista pelo Mapa do Trabalho Industrial inclui, em sua maioria, o aperfeiçoamento de trabalhadores empregados e, em parcela menor (22%), aqueles que precisam de capacitação para ingressar no mercado de trabalho. Essa formação inicial inclui a reposição em vagas existentes e que se tornam disponíveis devido à aposentadoria, entre outras razões.

Em relação aos novos empregos, o Mapa do Trabalho Industrial aponta que as maiores taxas de crescimento serão de ocupações que têm a tecnologia como base. Além dos condutores de processos robotizados, estão pesquisadores de engenharia e tecnologia (aumento de 17,9%); engenheiros de controle e automação, engenheiros mecatrônicos e afins (14,2%); diretores de serviços de informática (13,8%); operadores de máquinas de usinagem CNC (13,6%) etc.

O número de empregos criados nessas ocupações ainda é baixo em relação ao total de empregados no Brasil, mas o crescimento acelerado mostra que profissões com base tecnológica são tendência no mercado de trabalho.

Quarta revolução industrial
“O mundo vive a 4ª revolução industrial e o levantamento mostra que o Brasil, mesmo diante das dificuldades econômicas, está se inserindo aos poucos na Indústria 4.0”, avalia o diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi.

“O Senai está preparado para formar os profissionais para essas áreas, que, com a qualificação adequada, terão mais oportunidades de conseguir emprego”, complementa.

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