Senadores não têm pressa para sabatina de Gabriel Galípolo
Presidente Lula indicou o economista Gabriel Galípolo para presidir o Banco Central, após a saída de Campos Neto
atualizado
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Os senadores da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), do Senado Federal, não estão com pressa para pautar a sabatina do economista Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para presidir o Banco Central (BC). A expectativa é de que as tratativas a respeito da sabatina levem em torno de 20 a 30 dias.
Gabriel Galípolo atualmente é diretor de Política Monetária do Banco Central, mas já compôs a equipe do Ministério da Fazenda, como secretário-executivo do ministro Fernando Haddad.
O Metrópoles apurou que o governo espera que a sabatina de Galípolo ocorra na semana de 10 de setembro. No entanto, os senadores da CAE querem mais tempo para avaliar a questão.
Apesar disso, a sabatina pode ser pautada caso haja algum pedido a respeito do tema por parte do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). No entanto, não há uma data definida para arguição de Gabriel Galípolo.
A expectativa é de que as conversas em relação ao tema avancem na próxima semana.
Presidência do Banco Central
Atualmente, o Banco Central é presidido por Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e que é alvo constante de críticas pelo presidente Lula e membros do Partido dos Trabalhadores (PT).
Para o petista, o percentual da taxa básica de juros, a Selic, deve melhorar após a saída de Campos Neto. O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, definiu na reunião de junho a manutenção da Selic em 10,5% ao ano.
Com a indicação de Lula, Gabriel Galípolo deverá ser sabatinado na Comissão de Assuntos Econômicos e a indicação votada na comissão e, depois, seguir para apreciação no plenário do Senado.