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Senadores do PT criticam Maduro: “Sem transparência não há democracia”

Postura de Paulo Paim (PT-RS) e Fabiano Contarato (PT-ES) diverge da adotado pela sigla, que em nota falou em pleito “democrático”

atualizado

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Carlos Becerra/Getty Images
Imagem colorida mostra Nicolás Maduro, presidente da Venezuela - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Nicolás Maduro, presidente da Venezuela - Metrópoles - Foto: Carlos Becerra/Getty Images

Senadores do Partido dos Trabalhadores (PT) criticaram nesta terça-feira (30/7) a falta de transparência na divulgação do resultado eleitoral na Venezuela, divergindo da nota da Executiva Nacional do partido, que chamou a reeleição de Nicolás Maduro de “democrática e soberana”. Paulo Paim (PT) e Fabiano Contarato (PT-ES) foram ao X dizer que “sem transparência não há democracia” em um posicionamento oposto ao adotado pelo partido na segunda (29/7).

Logo no início desta terça, Contarato declarou que nenhum resultado pode ser reconhecido “enquanto as exigências mínimas de transparência não forem satisfatoriamente atendidas”.

“Um resultado que eventualmente confronte a vontade popular manifestada nas urnas não só será ilegítimo, como também lançará o país no abismo!”, disse o senador no X.

Paim também seguiu na mesma linha e disse que a situação da Venezuela é “gravíssima” e “lamentável”.

“A situação na Venezuela é gravíssima e lamentável. Espero por dias melhores para o seu povo e para o país como um todo. Sem transparência no processo eleitoral, liberdade política e de expressão, e respeito aos direitos humanos, não há democracia”, argumentou o parlamentar, também no X.

Antes da publicação da nota, o vice-líder do PT na Câmara, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), já havia chamado Maduro de “ditador”. “Um governo verdadeiramente democrático convive com críticas, questionamentos e oposição organizada. A atuação de Maduro na Venezuela é a postura de um ditador”, escreveu Reginaldo Lopes na rede social X.

Na nota de segunda (29), o PT falou em “jornada pacífica, democrática e soberana”.

“O PT saúda o povo venezuelano pelo processo eleitoral ocorrido no domingo, dia 28 de julho de 2024, em uma jornada pacífica, democrática e soberana. Temos a certeza de que o Conselho Nacional Eleitoral, que apontou a vitória do presidente Nicolas Maduro, dará tratamento respeitoso para todos os recursos que receba, nos prazos e nos termos previstos na Constituição da República Bolivariana da Venezuela”, diz um trecho.

Depois de líderes mundiais manifestarem insatisfação com a condução das eleições presidenciais da Venezuela, Maduro determinou a expulsão de sete diplomatas de nações que contestaram o resultado do pleito.

Lula em silêncio

Apesar de seu partido ter reconhecido o triunfo de Maduro, o presidente Lula Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não se pronunciou sobre eventual vitória do presidente do país vizinho.

Ministério das Relações Exteriores informou, em nota publicada na segunda, que “acompanha com atenção o processo de apuração” e aguarda a divulgação de informações mais detalhadas sobre os resultados.

O órgão reafirmou o “princípio fundamental da soberania popular, a ser observado por meio da verificação imparcial dos resultados”.

Celso Amorim, assessor-chefe da Assessoria Especial do presidente da República do Brasil para assuntos internacionais, esteve na Venezuela durante o pleito eleitoral. Ele está retornando ao Brasil nesta terça para colaborar na formalização da posição brasileira em relação ao resultado.

Antes de voltar a solo brasileiro, Amorim se reuniu com as equipes de Nicolás Maduro e Edmundo González, candidato da oposição no país.

Na segunda, o Itamaraty pediu que brasileiros residentes, a caminho ou com viagem marcada para a Venezuela mantenham-se atentos sobre a situação de segurança no país.

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