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Senadora quer militar na universidade para evitar “axila peluda”

O pedido fez parte de um questionamento ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, em participação na comissão de Educação do Senado

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Reprodução/redes sociais
Soraya, 49 anos, é formada em direito e segue a linha “liberal na economia e defensora da família”
1 de 1 Soraya, 49 anos, é formada em direito e segue a linha “liberal na economia e defensora da família” - Foto: Reprodução/redes sociais

A senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) citou as “axilas com pelos” de mulheres estudantes para pedir por universidades cívico-militares no Brasil. O pedido fez parte de um questionamento ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, em participação na comissão de Educação do Senado Federal, nesta terça-feira (11/02/2020).

A parlamentar perguntou a Weintraub como coibir “atos culturais” e protestos em faculdades sem que a atitude seja taxada como “atentado à liberdade de expressão”. Como justificativa, Soraya comentou a escolha de trajes das jovens estudantes e a axila delas com pelos.

“Gostaria de saber como coibir ‘atos culturais’ ou de protestos em universidades quando qualquer atitude tomada pela administração da faculdade é ‘atentado à liberdade de expressão’?”, indagou a senadora durante a sessão do colegiado.

“Recebi fotos de banheiro dentro de universidades federais com meninas seminuas tirando fotos. Uma coisa assim… tétrica. Salas de aula pichadas… nem debaixo da ponte a gente vê lugar daquele nível. As axilas das mulheres com pelos, exaltando aquilo como se fosse um protesto. Não sei o que acontece”, justificou.

Weintraub afirmou à Soraya que atualmente seria “muito difícil”, porque “depende da legislação”. No entanto, disse ser possível e citou o exemplo do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) como uma faculdade cívico-militar. Ele contou à comissão uma conversa que teve com um militar sobre não ter pichação no local, nem “gente fumando maconha no gramado”, nem festas de alunos que se “embebedam e têm overdose”.

“Eu estava com um brigadeiro passeando pelo campus e eu brincando falei: ‘Brigadeiro, eu não estou vendo pichação dentro do campus. Ele falou: ‘Imagina, pichação aqui dentro não’. ‘Eu também não estou vendo gente fumando maconha dentro do gramado. Eu não quero para os meus filhos e eu também não quero para o filho dos outros. Aí ele deu risada: ‘Aberto, aqui, de jeito nenhum. Aqui não tem consumo de drogas dentro do campus'”.

E completou: “E festa, quantos alunos o senhor perdeu, morreu, quantos alunos morreram no ano passado porque se embebedaram, tiveram overdose, se embebedaram, caíram no trilho do trem, foram atropelados? O brigadeiro falou: ‘Como? Nunca aconteceu isso. Acontece isso nas universidades?’ Eu falei para o brigadeiro: ‘Aconteceu com os meus alunos, eu perdi alunos assim'”.

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