Senador do PSD defende PEC: “Superimportante para a governabilidade”
Otto Alencar (PSD-BA) fez críticas a Bolsonaro e declarou que presidente “isolou o Palácio do Planalto” e se negou a dialogar com a oposição
atualizado
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Um grupo de cinco deputados e cinco senadores do Partido Social Democrático (PSD) foi ao hotel Meliá – Brasil 21, no centro de Brasília, para se reunir com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta terça-feira (29/11). O senador Otto Alencar, um dos participantes do encontro, defendeu que a PEC da Transição é “superimportante para a governabilidade”.
“[A aprovação da Pec] Não vai se tratar de participar de nenhuma iniciativa no governo. Nossa posição é de aprovar a PEC da Transição como foi encaminhada e como está sendo proposta pelo senador Marcelo Castro. É super importante para a governabildiade do ano que vem”, disse o senador. “Eu estudei os orçamentos para o ano que vem e todos estão defasados”.
De acordo com Alencar, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, adotou a posição de que a legenda pode fazer parte da “base de sustentação do governo no Congresso”. “Vou apoiar o novo governo com a convicção de que tem as condições de resolver dificuldades que estamos vivendo hoje, como desemprego e fome”, declarou o senador.
Bolsonaro isolou o Palácio do Planalto
Em sua fala, Otto ainda teceu críticas ao atual presidente Jair Bolsonaro (PL) quanto à interlocução com gestores estaduais e municipais e, disse ainda, que não vê dificuldade de diálogo entre PSD e PT, uma vez que quando foi presidente, Lula teve relação “institucional de boa qualidade” com figuras da oposição.
“Não vejo dificuldade de um governador de um partido que não apoiou Lula ter uma ótima relação com presidente Lula. Quando ele foi presidente, ele teve relação institucional de boa qualidade com todos governadores de oposição.”
O senador do PSD ainda declarou que Bolsonaro “nunca recebeu” o ex-governador da Bahia, que é do PT. “O Lula não fará isso. O Bolsonaro isolou o Palacio do Planalto contra os governadores, como uma ilha, e contra os prefeitos com posição diferente. Foi por isso que o país chegou onde chegou”, completou.