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Senado vai pautar PEC do “orçamento de guerra” para crises climáticas

Texto foi apresentado no contexto de caos causado pelas chuvas no RS. Ideia é andar com proposta na CCJ e no plenário nesta semana

atualizado

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Gustavo Mansur/ Palácio Piratini
Fotos gerais enchente em Porto Alegre - Rio Grande do Sul
1 de 1 Fotos gerais enchente em Porto Alegre - Rio Grande do Sul - Foto: Gustavo Mansur/ Palácio Piratini

O Senado deve começar a analisar nos próximos dias uma proposta de Emenda a Constituição (PEC) que cria um “orçamento de guerra” — fora do Orçamento-Geral da União — para calamidades climáticas, como a enfrentada pelo Rio Grande do Sul nos últimos dias, que já deixou 83 mortos. Segundo o último boletim divulgado, há ainda 111 desaparecidos.

De autoria do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), a proposta tem as 27 assinaturas necessárias para tramitar na Casa e deve ser priorizada. O plano é de que a proposta seja analisada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) ainda nesta semana e siga direto ao plenário.

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Sobrevoo das áreas afetadas pelas chuvas em Canoas (RS)
Cidade de Canoas inundada por conta dos temporais no Rio Grande do Sul
Áreas afetadas pelas chuvas em Canoas (RS)
Chuvas no centro de Porto Alegre
Receita adia prazo de entrega do Imposto de Renda para cidades do RS
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Alagamento do Aeroporto Internacional Salgado Filho

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Sobrevoo das áreas afetadas pelas chuvas em Canoas (RS)

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Cidade de Canoas inundada por conta dos temporais no Rio Grande do Sul

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Áreas afetadas pelas chuvas em Canoas (RS)

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Chuvas no centro de Porto Alegre

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Receita adia prazo de entrega do Imposto de Renda para cidades do RS

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Bombeiros de vários estados ajudam no Rio Grande do Sul

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Governo federal reconhece calamidade pública em 336 municípios do RS

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Farmácia municipal em Sinimbu

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Alimentos chegam à cidade de Sinimbu, no Rio Grande do Sul

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Exército Brasileiro ajuda na cidade de Sinimbu

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Trabalho de limpeza por voluntários em Sinimbu, Rio Grande do Sul

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Equipe de resgate trabalham 24 horas por dia

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Vários alojamentos são montados em cidades do Rio Grande do Sul

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Exército, Defesa Civil e governo estadual se reúnem no 3º Regimento de Cavalaria de Guarda do Exército, em Porto Alegre, para alinhar ações

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Exército, Defesa Civil e governo estadual se reúnem no 3º Regimento de Cavalaria de Guarda do Exército, em Porto Alegre, para alinhar ações

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Cidade de Porto Alegre afetada pelas chuvas

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Voluntários se organizam para ajudar as pessoas em situação de vulnerabilidade

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Ruas alagadas em Porto Alegre

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O centro de Porto Alegre ficou inundado

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Vários prédios foram atingidos pela chuva no Rio Grande do Sul

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Policiamento a cavalo no centro de Porto Alegre

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Vários pontos estão submersos em Porto Alegre

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Pessoas se arriscam na travessia de rua inundadas

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Voluntários tentam ajudar pessoas ilhadas

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Várias ruas estão intransitáveis em Porto Alegre

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Homem pula entre duas pontes para fugir dos alagamentos em Porto Alegre

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Barcos são usados no centro de Porto Alegre

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Vários pontos de Porto Alegre foram submersos

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Trabalho de limpeza dos voluntários em Sinimbu, Rio Grande do Sul

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Centro de Porto Alegre

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Voluntários se organizam para ajudar as pessoas em situação de vulnerabilidade

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Caminhões de bombeamento limpam a cidade

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300 municípios são afetados pelas chuvas no Rio Grande do Sul

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Governo federal reconhece calamidade pública em 336 municípios do RS

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Governo começa a limpeza de ruas afetadas pelas chuvas no RS

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Salas de situação foram montadas em Brasília (DF) e em Porto Alegre (RS) para monitorar a situação do estado, que tem 336 municípios com calamidade pública reconhecida.

Em visita às áreas afetadas pelas enchentes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu que a ajuda ao estado chegará “sem burocracia”, acrescentando que vai auxiliar a reconstruir as rodovias.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), acompanharam Lula e falaram em medidas rápidas do Congresso em resposta à situação vivida pela população do Rio Grande do Sul.

O que diz a PEC

A PEC estabelece que o “orçamento de guerra” seja criado durante a “vigência de calamidade pública ambiental de importância regional ou local, reconhecida pelo Congresso Nacional, após solicitação do Presidente da República, somente naquilo em que a urgência for incompatível com o regime regular”.

O texto prevê que o dinheiro deve ser usado somente em “ações da União nas áreas afetadas”, com o objetivo de auxiliar as regiões.

A proposta define que as regras para o acionamento do “orçamento de guerra” sejam as mesmas incluídas na Constituição em 2021 para o regime de urgência instituído na pandemia da Covid-19.

Eis as principais regras:

  • dispensa de licitação e concurso público para contratação temporária e emergencial de pessoas, materiais, obras e serviços;
  • autorização para o Legislativo e o Executivo aprovarem medidas de aumento do gasto público sem indicar a fonte dos recursos;
  • permissão para o contrato de bens e serviços com empresas que tenham dívidas com a Previdência (o que é proibido em casos normais);
  • aval para que a União possa remanejar recursos para estados e municípios, ignorando restrições orçamentárias sobre créditos extraordinários.

Pelo texto, fica estabelecido os seguintes causas como catástrofe climática:

  • secas e estiagens;
  • inundações;
  • deslizamentos de terra;
  • rompimentos de barragem;
  • contaminação de rio, mar ou solo por derramamento de substância tóxica;
  • tempestades tropicais e ciclones;
  • incêndios florestais; e
  • outras que o Congresso Nacional julgar relevante.

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