Senado prevê votar PEC da Transição na próxima quarta-feira (7/12)
Texto da PEC da Transição está sendo negociado e precisa passar pela CCJ antes de ir ao plenário. Pacheco pautou a votação para a semana
atualizado
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A presidência do Senado divulgou, na noite de domingo (4/12), a pauta de votações da semana e incluiu a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição na agenda.
A previsão é votar o texto proposto pelo Governo de Transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na quarta-feira (7/12). A inclusão da PEC na pauta, porém, não é garantia de que o texto seja votado. O acordo ainda está sendo negociado e é preciso passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.
O futuro governo propôs a PEC como forma de cumprir compromissos assumidos durante a campanha, como a manutenção do Auxílio Brasil (que voltará a ser chamado de Bolsa Família) em R$ 600 mensais e um reajuste acima da inflação para o salário mínimo.
A articulação avançou ao longo da última semana, após dificuldades no início da tramitação. Os congressistas estão decidindo se vão dar ao governo Lula quatro anos de licença para pagar o Bolsa Família ou se vão reduzir o prazo. Decidirão, ainda, o valor dessa licença para gastos sociais. A transição pediu R$ 175 bilhões por ano, mas o Congresso trabalha com um montante na casa dos R$ 120 bilhões a R$ 150 bilhões.
O petista afirmou, na última sexta-feira (2/12), que a PEC da Transição trata das “necessidades do povo” e que, por isso, o texto não deve ser desidratado. Em entrevista coletiva concedida a jornalistas, Lula foi questionado sobre a possibilidade de submeter ao Congresso Nacional um subsídio menor do que o montante de R$ 175 bilhões previamente proposto por sua equipe. Ele respondeu que isso está em negociação, mas que o valor apresentado é o necessário. “Não tem valor mínimo. Se eu agora colocar limite para menos, é o menos que vai valer”, ponderou.
“Espero sensibilidade do Congresso. Na PEC da Transição, não há espaço para liberar emenda. É importante que as emendas estejam dentro da necessidade de programação do governo e que sejam liberadas pela programação do governo. Não pode continuar da forma como está. A PEC não trata de emenda, trata das necessidades do povo”, concluiu Lula.