metropoles.com

Senado aprova PEC da Reforma Tributária e texto retorna à Câmara

Reforma tributária passou pelo Senado. Foram 53 votos a 24 nos dois turnos. O texto agora retorna à Câmara dos Deputados

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Igo Estrela/Metropoles
Senadores comemoram a aprovação do texto-base da reforma tributária em 1º turno - Metrópoles
1 de 1 Senadores comemoram a aprovação do texto-base da reforma tributária em 1º turno - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metropoles

O plenário do Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (8/11), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma Tributária em primeiro e segundo turnos. Agora, o texto segue para Câmara dos Deputados, onde os parlamentares avaliarão as alterações realizadas pelos senadores. Foram 53 a 24 nos dois turnos na Casa Alta.

Agora, a matéria segue para deliberação da Câmara dos Deputados, uma vez que o relator, senador Eduardo Braga (MDB-AM), acolheu emendas propostas pelos senadores e mudou o texto que havia sido aprovado pelos deputados.

A proposta havia sido aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado na terça (7/11), por 20 votos a favor e seis contra. Nesta quarta-feira, os senadores iniciaram a discussão do texto por volta das 14h.

23 imagens
Senadores comemoram aprovação da reforma tributária em 1º turno
Senadores comemoram aprovação da reforma tributária em 1º turno
1 de 23

Igo Estrela/Metropoles
2 de 23

Igo Estrela/Metropoles
3 de 23

Igo Estrela/Metropoles
4 de 23

Igo Estrela/Metropoles
5 de 23

Senadores comemoram aprovação da reforma tributária em 1º turno

Igo Estrela/Metropoles
6 de 23

Senadores comemoram aprovação da reforma tributária em 1º turno

Igo Estrela/Metropoles
7 de 23

Relator da reforma tributária, senador Eduardo Braga (MDB AM)

Igo Estrela/Metropoles
8 de 23

Igo Estrela/Metropoles
9 de 23

Igo Estrela/Metropoles
10 de 23

Castro também chegou ao plenário do Senado Federal para discutir a reforma tributária, em novembro de 2023.

Igo Estrela/Metropoles
11 de 23

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o líder do governo, Jaques Wagner

Igo Estrela/Metropoles
12 de 23

Igo Estrela/Metropoles
13 de 23

Igo Estrela/Metropoles
14 de 23

Plenário do Senado Federal

Igo Estrela/Metropoles
15 de 23

Igo Estrela/Metropoles
16 de 23

Igo Estrela/Metropoles
17 de 23

Igo Estrela/Metropoles
18 de 23

Igo Estrela/Metropoles
19 de 23

Igo Estrela/Metropoles
20 de 23

Igo Estrela/Metropoles
21 de 23

Igo Estrela/Metropoles
22 de 23

Igo Estrela/Metropoles
23 de 23

Igo Estrela/Metropoles

O rito de apreciação de uma PEC é mais complexo, e envolve sessões especiais para debate. Como há pressa para a aprovação do texto, senadores da base articularam juntamente com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), um requerimento pedindo a adoção de um calendário especial que desse celeridade ao processo aprovado.

Acompanhe a transmissão:

Entre as últimas alterações no texto, incluídas por Braga, está o “cashback” obrigatório na compra do gás de cozinha para famílias de baixa renda. Dessa forma, ao comprar o item, o consumidor recebe de volta parte do valor do tributo pago.

A matéria prevê, ainda, a isenção de impostos sob produtos da cesta básica. Os alimentos serão definidos em lei complementar a ser votada. O relatório pontua que a medida é necessária diante do aumento da fome e da pobreza no Brasil.

Entre as alterações acatadas no novo parecer, estão:

  • alíquota zero para medicamentos e dispositivos médicos adquiridos pela administração pública e por entidades de assistência social sem fins lucrativos;
  • isenção na compra de automóveis por pessoas com deficiência ou no espectro autista, assim como por taxistas;
  • inclui alimentos especiais e fórmulas nutricionais destinados a pessoas com erros inatos do metabolismo no rol de medicamentos com desconto de 60% nas alíquotas do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS); e
  • redução de alíquota para atividades de reabilitação urbana de zonas históricas, entre outras.

Os senadores aprovaram, ainda, uma emenda ao texto prevendo a elaboração de uma lei complementar para instituir um fundo intitulado “Fundo de Sustentabilidade e Diversificação Econômica dos Estados da Amazônia Ocidental e do Amapá”, a ser constituído com recursos da União e gerido por ela. O objetivo do fundo, segundo o texto, é “fomentar o desenvolvimento e a diversificação das atividades econômicas naqueles entes da federação”.

Unificação de tributos

O principal ponto da reforma tributária é a unificação de cinco tributos que incidem sobre produtos (PIS, Cofins e IPIs federais, ICMS estadual e ISS municipal) para um só, chamado Imposto sobre Valor Agregado (IVA), subdividido em federal e estadual/municipal.

No atual sistema tributário, há um efeito cascata na incidência de impostos — ou seja, o contribuinte paga imposto sobre imposto. O IVA, por sua vez, é um imposto que irá incidir de forma não cumulativa. Isso significa que o imposto será cobrado sobre todas as operações de compra de bens ou serviços, excluindo o que foi pago anteriormente.

Também há um imposto seletivo para produtos potencialmente nocivos à saúde (como cigarro e bebidas) e ao meio ambiente, de forma a desestimular a produção e o consumo desses itens.

O Imposto de Gestão Federal é a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que vai unificar IPI, Pis e Cofins. Já o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) terá gestão compartilhada entre estados e municípios e vai unificar ICMS (estadual) e ISS (municipal).

O texto prevê regras de transição para a unificação dos impostos, a fim de mitigar os efeitos na arrecadação dos Estados e municípios. Para contribuinte, o prazo é de sete anos, a partir de 2026. Assim, até 2033 o IBS será gradualmente implementado, e os tributos substituídos serão reduzidos até a total extinção. A extinção do IPI também terá o mesmo período de transição.

Já em relação à partilha federativa, o período de transição será de 50 anos, de 2029 a 2078. Com isso, os entes (Estados e municípios) vão participar, inicialmente, do montante total arrecadado de forma similar como é atualmente.

Alíquota reduzida

A PEC aprovada prevê a redução de 60% de impostos para 13 setores. São eles:

  • serviços de educação;
  • serviços de saúde;
  • dispositivos médicos;
  • dispositivos de acessibilidade para pessoas com deficiência;
  • medicamentos;
  • produtos de cuidados básicos à saúde menstrual;
  • serviços de transporte coletivo de passageiros rodoviário e metroviário de caráter urbano, semiurbano e metropolitano;
  • alimentos destinados ao consumo humano;
  • produtos de higiene pessoal e limpeza majoritariamente consumidos por famílias de baixa renda;
  • produtos agropecuários, aquícolas, pesqueiros, florestais e extrativistas vegetais in natura;
  • insumos agropecuários e aquícolas;
  • produções artísticas, culturais, jornalísticas e audiovisuais nacionais, atividades desportivas e comunicação institucional; e
  • bens e serviços relacionados a soberania e segurança nacional, segurança da informação e segurança cibernética.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?