Senado cria grupo de trabalho para apurar denúncias no Inep
O grupo será composto por quatro senadores titulares e quatro suplentes, sob a coordenação de Izalci Lucas (PSDB-DF)
atualizado
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A Comissão de Educação do Senado Federal aprovou, nesta quinta-feira (18/11), a criação de um grupo de trabalho para apurar e esclarecer denúncias contra o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A iniciativa será composta por quatro senadores titulares e quatro suplentes, sob a coordenação de Izalci Lucas (PSDB-DF), que vai escolher os demais integrantes.
Às vésperas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que está previsto para ocorrer nos dias 21 e 28 de novembro, mais de 30 servidores pediram demissão, sob alegação de assédio moral por parte do presidente do Inep, Danilo Dupas, e ingerência política nas provas.
O presidente da comissão, senador Marcelo Castro (MDB-PI), destacou os parlamentares atuar com o grupo criado na Comissão de Educação da Câmara para apurar as denúncias que colocam em suspeição o processo de realização do Enem e de outros exames, como o Enade.
“O Inep está no quinto presidente somente neste governo. Essa crise agravou a insatisfação dos servidores, fazendo com que 37 pessoas pedissem exoneração dos seus cargos. Algo está ocorrendo fora dos trilhos e do esperado”, afirmou Castro.
Deputados da oposição acionaram o Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo auditoria no Inep e afastamento cautelar de Dupas. O ministro da Educação, Milton Ribeiro, rechaçou o afastamento e disse que questão dos servidores não era educacional, mas econômica.
O presidente do Inep, Danilo Dupas, compareceu às Comissões de Educação das duas Casas, negou qualquer assédio e disse que “está tudo certo” com o Enem. Ribeiro também compareceu, nessa quarta-feira (17/11), de surpresa à Câmara e negou qualquer ingerência política no exame.