Senado convida ministros e diretor da PF a prestar esclarecimentos
Blairo Maggi (Agricultura) e Marcos Pereira (MDIC) devem participar da sessão desta quarta-feira (22/3)
atualizado
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Integrantes da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) aprovaram nesta terça-feira (21/3) requerimentos para que integrantes da cúpula do governo e da Polícia Federal prestem esclarecimentos ao Senado sobre a Operação Carne Fraca. Durante a sessão, foram aprovados os convites aos ministros Blairo Maggi (Agricultura), Marcos Pereira (MDIC), Osmar Serraglio (Justiça) e ao diretor-geral da PF, Leandro Daiello.
Ainda não há uma data para a realização das audiências, mas diante da urgência imposta pelos congressistas, os ministros Blairo Maggi e Marcos Pereira devem participar de sessão nesta quarta-feira (22), prevista para ser realizada conjuntamente entre as Comissões de Assuntos Econômicos e a de Agricultura.
Presente à sessão, o senador Waldir Moka (PMDB-MS) ligado ao setor de agronegócio endossou o coro de que as discussões em torno do impacto das investigações devem ser consideradas como “prioritárias”.
“Embora eu tenha certeza de que os outros debates também são importantes, esse é prioritário. E por que ele é prioritário? Porque o governo brasileiro está tomando — e precisa tomar rapidamente — atitudes no sentido de evitar que esses países deixem de importar a carne brasileira”, afirmou.
Autora dos requerimentos aprovados na comissão, a líder do PT, senador Gleisi Hoffmann (PR), falou sobre a importância do ministro da Justiça, Osmar Serraglio, dar explicações sobre a citação de seu nome pela Polícia Federal nos grampos realizados no âmbito dessa operação.
“A partir dessa investigação, descobriu-se o envolvimento de fiscais do Ministério da Agricultura com parlamentares do Paraná, principalmente do PMDB, inclusive envolvendo o Ministro da Justiça, Osmar Serraglio, que chega a chamar o chefe da fiscalização no Paraná, o Sr. Daniel, que é o grande responsável por toda essa articulação de fiscais com os grandes frigoríficos que detonou a operação, de “grande chefe”, afirmou a petista.
“Então, nós temos um problema gravíssimo aí; um problema que compromete a saúde pública, o interesse nacional, os trabalhadores, o bem estar dos consumidores brasileiros e envolve o ministro da Justiça, que tem de dar explicações a esta Casa sobre como se relacionava com os fiscais do Ministério da Agricultura”, emendou a senadora.