“Sempre fui uma pessoa calma”, diz acusado de matar Tatiane Spitzner
“Eu não matei minha esposa, não sou um assassino. Sempre falei a verdade”, disse Luís Felipe Manvailer, marido da advogada morta no Paraná
atualizado
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O professor e biólogo Luís Felipe Manvailer, acusado de matar a esposa, Tatiane Spitzner, por asfixia e depois jogar o corpo da sacada do apartamento em que o casal morava, prestou depoimento nesta quinta-feira (21/3) à juíza Paola Gonçalves Mancini, em Guarapuava, região central do Paraná. “Gostaria de afirmar em alto e bom tom que sou inocente. Eu não matei minha esposa, não sou um assassino. Sempre falei a verdade e fui uma pessoa calma, nunca tive uma briga na rua ou algo assim”, disse.
Manvailer está preso na Penitenciária Industrial de Guarapuava e responde pelos crimes de feminicídio, cárcere privado e fraude processual, mas voltou a negar o assassinato da mulher, ocorrido em 22 de junho de 2018. O interrogatório de hoje foi a última etapa para a juíza definir se o réu vai ou não a júri popular.
O professor não comentou os momentos que antecederam a morte de Tatiane, numa estratégia recomendada pelos advogados. Com a medida, tanto acusação quanto defesa abriram mão de perguntas ao interrogado.
Laudo do exame de necropsia do Instituto Médico Legal (IML), divulgado dois meses após a morte de Tatiane Spitzner, confirmou que ela sofreu asfixia mecânica, causada por esganadura e com sinais de crueldade.
O Ministério Público do Paraná (MPPR) denunciou Manvailer pelo crime de feminicídio (homicídio em razão da condição de sexo feminino da vítima). Além disso, terá que responder também por fraude processual, cárcere privado e por impedir a fuga da vítima.