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Sem provas, MP pede liberação de 138 presos em operação contra milícia

Promotores entenderam não haver materialidade para manter o grupo atrás das grades. Eles foram detidos enquanto se divertiam em um pagode

atualizado

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Polícia Civil
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1 de 1 policia civil - Foto: Polícia Civil

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) pediu à Justiça a libertação de 138 pessoas – de um total de 159 – que haviam sido presas em uma operação contra uma milícia, no dia 7 de abril, durante uma festa em um sítio na Zona Oeste do estado fluminense.

O requerimento foi feito nesta terça-feira (24/4) pela 20ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal. Segundo o órgão, não há provas efetivas para permitir denúncias contra a maior parte dos apreendidos.

As famílias dos detidos realizam, desde então, diversos protestos, alegando que a grande maioria tinha emprego fixo e não participava de nenhum grupo miliciano, mas estaria no sítio apenas por causa de uma festa com grupos de samba e pagode.

Nenhuma ilegalidade na ação
De acordo com o MP, será oferecida denúncia contra 21 dos 159 presos. O órgão afirmou que há necessidade de manutenção da prisão preventiva desses suspeitos. Porém, o texto do pedido de liberdade deixa claro, segundo os promotores, que não há nenhuma ilegalidade na ação policial, tampouco na decisão da Justiça responsável pela determinação da prisão dos participantes do evento.

Para o Ministério Público, havia integrantes no local do primeiro escalão da milícia que controla o crime organizado na região, “o que se comprova pela troca de tiros iniciada pelos criminosos contra a Polícia Civil, quando os agentes iniciaram a operação”. Dentro da festa, os policiais encontraram diversos fuzis e pistolas.

“Após análise mais detalhada das provas, da conduta dos suspeitos e realizadas investigações, no entanto, o Ministério Público fluminense entende que, para os presos contra os quais não há provas suficientes para oferecimento de denúncia, deve-se revogar a prisão preventiva”, destaca a nota.

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