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Sem proposta de reajuste, servidores federais reclamam: “Decepção”

Governo federal alega que não há espaço no orçamento para reajuste no salário dos servidores para 2024

atualizado

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1 de 1 Esplanada dos ministerios feriados Concurso Nacional Unificado servidores - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Os servidores públicos federais consideram uma “decepção” a falta de uma oferta de reajuste salarial pelo governo federal após última rodada do ano da Mesa Nacional de Negociação Permanente, realizada na tarde desta segunda-feira (18/12). O governo federal alega que não há espaço no orçamento para aumento na remuneração dos funcionários.

O secretário de Relações de Trabalho do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), José Lopez Feijóo, apresentou uma proposta de aumento no auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1.000,00; o per capta saúde do valor médio de R$ 144,00 para 215,00; e o auxílio creche de R$ 321,00 para R$ 484,90. No entanto, enfatizou que não há espaço no orçamento para uma revisão nos salários dos funcionários do Executivo federal.

A presidente do Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty) e representante da Nova Central Sindical de Trabalhadores, Ivana Vilela, destaca que as propostas ofertadas pelo Executivo federal são bem-vindas, mas o principal pedido dos servidores é o reajuste salarial.

“A Mesa Nacional de Negociação Permanente não conseguiu avançar em sua proposta inicial. Os servidores esperavam uma negociação ativa sobre as perdas inflacionárias e aumentos salariais. Os aumentos dos auxílios alimentação, saúde e creche são bem-vindos, mas não alcançam nem de longe as reais necessidades dos servidores”, afirma Ivana Vilela.

Os valores apresentados por Feijóo foram incluídos na Lei Orçamentária de 2024 que está para aprovação do Congresso Nacional. O secretário do Ministério da Gestão ressalta que o aumento nos benefícios impacta, principalmente, os servidores com os menores salários.

O presidente do Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, afirma que a proposta do governo federal se assemelha à política de congelamento de gastos da gestão de Jair Bolsonaro (PL). O representante da entidade salienta que a medida não irá impactar os pensionistas e aposentados do funcionalismo público.

“Como aposentados e pensionistas não recebem auxílio-alimentação nem auxílio creche, a proposta se reveste de um etarismo perverso, pois é excludente em relação a esse segmento”, ressaltou Marques.

Paralisação

No último dia 12 de dezembro o Fonacate e o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) organizaram um Ato Nacional por Reajuste. Das 14h as 16h os servidores federais cruzaram os braços e protestaram na frente dos órgãos públicos.

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