Sem máscaras, Flávio e Eduardo Bolsonaro tiram fotos ao lado de indígenas
A imagem foi postada nas redes sociais pelo presidente da Embratur, Gilson Machado Neto. Indígenas têm sofrido com avanço da Covid-19
atualizado
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Em meio à pandemia de coronavírus e à crise ambiental com desmatamento e queimadas na Amazônia e no Pantanal, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) posaram, sem máscaras de proteção, para uma foto registrada em uma aldeia indígena no Amazonas. A imagem foi postada nas redes sociais, nessa segunda-feira (21/9), pelo presidente da Embratur, Gilson Machado Neto, que também acompanhava a viagem.
Na legenda, Machado Neto diz: “Nada se compara ao nosso País quando o assunto é turismo de natureza, etnoturismo e sustentabilidade. Aqui na Amazônia 97% da área do estado são de florestas preservadas. Gastronomia indígena inclui raízes, caças, pescado e formigas, por sinal são uma fonte farta de proteínas e uma iguaria. Agradecer ao pessoal do batalhão ambiental que nos deu total apoio nessa missão”.
Veja os registros:
Passeios
De acordo com os presentes no local, a passagem da família Bolsonaro foi marcada por passeios para conhecer as belezas naturais do estado. Os dois filhos do presidente praticaram pesca esportiva e acompanharam rituais tradicionais dos índios dessana.
Também aparecem nas fotos o secretário de Aquicultura e Pesca, , Jorge Seif Junior, e o senador Irajá Abreu (PSD-TO).
Também estava na visita o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC-AM), apesar de não aparecer na foto.
“Índios responsáveis por queimadas”
Durante discurso na 75ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente Jair Bolsonaro relacionou as queimadas na Amazônia a supostas práticas agrícolas aplicadas por “índios e caboclos”, ignorando aquelas que são provocadas por médios e grandes fazendeiros, ou latifundiários.
“Os incêndios acontecem praticamente, nos mesmos lugares, no entorno leste da floresta, onde o caboclo e o índio queimam seus roçados em busca de sua sobrevivência, em áreas já desmatadas”, disse o presidente.
Casos de coronavírus entre indígenas
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) divulgou, nesta quarta-feira (23/9), um levantamento em que mostra 32.990 casos confirmados da doença e 825 mortes em 158 etnias.