Sem Lula, protesto contra Bolsonaro reúne 8 mil pessoas em São Paulo
Estimativa de público é da Secretaria de Segurança Pública, que apontou 125 mil participantes no ato pró-Bolsonaro do 7 de Setembro
atualizado
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O entorno do Museu de Arte de São Paulo (MASP), em São Paulo, ficou repleto de manifestantes pedindo o impeachment de Jair Bolsonaro, neste sábado (2/10). No entanto, nos demais quarteirões da Avenida Paulista, o público do ato era muito menos denso. Tanto que, de acordo com a Secretaria de Segurança, apenas 8 mil pessoas participaram da manifestação.
No feriado do 7 de Setembro, quando os apoiadores de Bolsonaro se reuniram no local, o público estimado pelo órgão estadual foi de 125 mil pessoas.
No principal carro de som do ato deste sábado, discursaram políticos como Fernando Haddad, do PT, e Guilherme Boulos, do PSol, que foram candidatos à Presidência da República. Ciro Gomes (PDT) também esteve no palanque, mas, diferentemente da postura que adotou do Rio de Janeiro, não falou.
O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva não foi ao ato contra Bolsonaro. Mais bem colocado das pesquisas pré-eleitorais, o político do PT tem se mantido distante para que o “Fora, Bolsonaro” não se confunda com o “Lula 2022”. Os organizadores do ato deste sábado também demonstraram essa preocupação.
Por volta das 16h50, protesto contra o governo Bolsonaro na Avenida Paulista atinge seu ápice de adesão.
Maior concentração de pessoas acontece em frente ao Masp pic.twitter.com/zk3kQrrepV
— Metrópoles (@Metropoles) October 2, 2021
Apesar dos esforços para se manter unida e com o discurso focado no “Fora, Bolsonaro”, a esquerda não conseguiu conquistar as siglas e movimentos da centro-direita.
A maioria dos presentes na manifestação na Avenida Paulista eram integrantes de sindicatos, movimentos estudantis e de partidos como PSol, PCO, PCB, PSTU e PT. Ativistas dos movimentos LGBTQIA+, negro e feminista também ajudaram o protesto deste sábado a ganhar corpo.
A política Manuela D’Ávila, do PCB, em sua fala no protesto em São Paulo, ressaltou que em 19 de outubro a mobilização precisa ser maior.