Sem licença: brasileiro dono de clínica de estética é preso nos EUA

Dono de uma clínica de estética nos Estados Unidos – Cosmetica Plastic Surgery and Anti-Aging -, o pernambucano Adley da Silva, de 51 anos, foi preso por suspeita de realizar cirurgias plásticas sem licença médica. O homem realizava procedimentos como lipoaspiração, implante de silicone e “levantamento de bumbum brasileiro”.

De acordo com as investigações do Departamento de Polícia de Port St. Lucie, do estado da Flórida, Adley era médico assistente, mas não tinha licença de cirurgião. Outras três pessoas foram presas na operação:

• Kiomy Quintiana, esposa de Adley, de 41 anos: suspeita de fazer aplicações de botox, também sem licença de cirurgiã, e ajudar o marido em cirurgias malsucedidas;
• Diane Millan, cirurgiã de 52 anos;
• Fermal Simpson, anestesista de 74 anos.

Investigações

As investigações começaram em maio de 2022, depois que clientes de cirurgias malsucedidas denunciaram a clínica ao Departamento de Saúde da Flórida. Pelo menos quatro pessoas identificadas como vítimas tiveram complicações no pós-operatório, como pele necrosada na área operada. As informações são do g1.

Já em 2023, a Cosmetica Plastic Surgery and Anti-Aging teve o registro de funcionamento cassado e foi proibida de operar. Apesar disso, a clínica continuou vendendo e realizando cirurgias.

Os procedimentos custavam entre U$ 6,8 mil e U$ 22,9 mil, o que corresponde a R$ 36,7 mil e R$ 123,9 mil, respectivamente, na cotação atual do dólar.

Fiança

O médico assistente foi preso em 14 de junho, mas pagou fiança uma semana após a decisão e foi liberado, segundo o canal de televisão americano CBS.

Adley da Silva é acusado de extorsão, esquema de fraude, lesão corporal grave e prática de medicina sem licença. Nas redes sociais, o homem se diz “inovador de estética” e afirma ter mestrado em ciência médica pela Nova Sourtheastern University, além de graduação em finanças e marketing internacional pela Universidade de Miami, também na Flórida.

O Metrópoles não conseguiu contato com a defesa de Adley da Silva. O espaço segue aberto para manifestações.