Sem leitos de UTI para Covid-19, Sorocaba vai fechar área urbana
De acordo com o prefeito Rodrigo Manga, serão instaladas cinco barreiras fixas nos principais acessos à cidade
atualizado
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No dia em que registrou 19 mortes pela Covid-19, um número recorde desde o início da pandemia, a Prefeitura de Sorocaba (SP) anunciou, no fim da tarde desta segunda-feira (22/3), o fechamento da cidade com barreiras, a partir da manhã de quinta-feira (25/3). O objetivo é monitorar e reduzir o fluxo de pessoas de outras cidades, que aumentou após a decretação de feriados na capital.
De acordo com o prefeito Rodrigo Manga (Republicanos), serão instaladas cinco barreiras fixas nos principais acessos à cidade e uma barreira móvel que atuará em outras rotas de acesso.
Segundo Manga, a situação da pandemia na cidade se agravou: 220 pessoas estão internadas, sendo 112 em UTI, e há 90 pessoas aguardando vagas em hospital.
Manga pretende fazer convênio com a Polícia Militar, no que chamou de operação delegada temporária, para dar suporte à operação das barreiras.
“As pessoas terão que parar, terão a temperatura medida e vão receber orientação sobre o uso de máscara. Às pessoas que vierem de fora, vamos explicar que o melhor a fazer nesse momento é ficar em sua cidade”, disse.
O prefeito, que na semana passada liberou o funcionamento de lojas e serviços essenciais pelo sistema drive-thru, disse que a fiscalização será aumentada. “No decreto que será publicado amanhã (terça-feira), vamos determinar que os supermercados só permitam a entrada de uma pessoa por família”.
Conforme a Secretaria da Saúde, as 19 mortes registradas nesta segunda, inclusive a de um jovem de 23 anos sem comorbidades, aconteceram desde o dia 15, mas só agora foram confirmadas. Há ainda sete óbitos em investigação.
A taxa de ocupação de leitos para Covid-19 em UTI é 100% nos hospitais estaduais Adib Jatene e Conjunto Hospitalar de Sorocaba, e de 93% na Santa Casa, contratada pelo município.
O centro municipal de estabilização Covid São Guilherme também tem 100% da UTI ocupada. Na rede particular, os quatro hospitais estão com 100% de lotação, tanto em UTI como em leitos clínicos.