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Sem IFA, Butantan paralisa mais uma vez o envase de vacina

Produção da Coronavac segue na fase de controle de qualidade, mas, sem insumos, poderá ser suspensa em duas semanas

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produção coronavac - instituto butantan
1 de 1 produção coronavac - instituto butantan - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – O Instituto Butantan paralisou mais uma vez o envase da Coronavac por falta de insumos. É a quarta vez que a fase de engarrafamento da vacina contra a Covid-19 é interrompida desde que a produção foi iniciada pelo órgão ligado ao governo de São Paulo.

Ao Metrópoles, o Butantan confirmou que o envase foi suspenso na madrugada de segunda-feira (31/5), seis dias após a chegada do último carregamento de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA). Foram enviados pelo laboratório chinês Sinovac 3 mil litros de matéria-prima, equivalentes a 5 milhões de doses.

A produção do imunizante segue em andamento na fase de controle de qualidade, que demora aproximadamente 14 dias para ser concluído. O início da entrega dessas doses está previsto para a primeira quinzena deste mês.

Após a distribuição desse lote para o Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, se não receber mais IFA, a produção será novamente interrompida. Em maio, o trabalho ficou suspenso por mais de 10 dias.

Há expectativa de recebimento de um novo carregamento de 6 mil litros, equivalentes a 10 milhões de doses, em 28 de junho.

Atrasos

registros de atrasos na entrega de IFA desde fevereiro, mas o problema se agravou no fim de março. Entre abril e maio, o Butantan recebeu apenas dois carregamentos, de 3 mil litros cada.

De acordo com o instituto, no entanto, em maio, a Sinovac assegurou que estavam prontos para despacho 10 mil litros, mas faltava autorização das autoridades chinesas para envio.

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Em uma sala completamente fechada e com acesso restrito, fica uma máquina em que os frascos são lavados
Em seguida, vem o envase do líquido de forma automática
Com a vacina dentro do frasco, ocorre o primeiro fechamento
Depois uma máquina coloca o selo de alumínio, com o fechamento total do frasco
Com a vacina já pronta, começa o processo de inspeção
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O envase da Coronavac tem início em uma sala completamente fechada com temperatura controlada em torno de 20ºC

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Em uma sala completamente fechada e com acesso restrito, fica uma máquina em que os frascos são lavados

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Em seguida, vem o envase do líquido de forma automática

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Com a vacina dentro do frasco, ocorre o primeiro fechamento

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Depois uma máquina coloca o selo de alumínio, com o fechamento total do frasco

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Com a vacina já pronta, começa o processo de inspeção

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Os lotes são armazenados e levados para outra sala

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Em um ambiente com pouca luz, começa a inspeção manual

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Nesta etapa, há o controle de cada um dos frascos

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Produção da vacina Coronavac

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Centro de produção da vacina Coronavac no Instituto Butantan, em São Paulo

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Centro de produção da vacina Coronavac no Instituto Butantan, em SP

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O Instituto Butantan descarta os frascos da vacina com irregularidades

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Cada frasco contém 5,9 ml do imunizante, equivalente a 10 doses com alguma sobra

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Centro de produção da vacina Coronavac no Instituto Butantan, zona oeste de São Paulo

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As últimas etapas são rotulagem e outro processo de controle de qualidade, que dura cerca de 14 dias

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No fim de maio, o governo chinês liberou a entrega dos insumos. Inicialmente, foi permitido o envio de 4 mil litros; em seguida, houve redução para 3 mil litros.

Na CPI da Covid, o diretor do Butantan, Dimas Covas, afirmou que o impasse por IFA ameaça a entrega de 54 milhões de doses ao Ministério da Saúde.

“Ainda não temos uma programação para dizer se cumpriremos até 30 de setembro esse contrato. Existe lá [na China] um rito burocrático que tem durado mais de mês para obter essa liberação”, disse.

No Senado, ele afirmou que, entre as dificuldades apontadas para vacinação da população com o imunizante, estão os posicionamentos e manifestações contrárias do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à vacina.

“É senso comum: não precisa dizer que há problemas de relacionamento [do Brasil com a China], é senso comum. Cada declaração que ocorre no Brasil, repercute na imprensa lá. As pessoas da China têm grande orgulho da contribuição que o país dá ao mundo neste momento”, disse Covas.

O Butantan só deixará de depender de IFA da China em dezembro, quando a nova fábrica do instituto estiver pronta e em funcionamento.

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