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Sem distanciamento e cuidados, polo varejista tem aglomeração em Goiás

Região da 44, na capital goiana, recebe pessoas de todo o país e não faltam flagrantes de desrespeito como os registrados pelo Metrópoles

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
pessoas na região da 44 em Goiânia
1 de 1 pessoas na região da 44 em Goiânia - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Goiânia – Nem o clima nublado e chuvoso desta sexta-feira (12/2) em Goiânia (GO) foi capaz de conter o movimento e a aglomeração de pessoas na região da Rua 44, famoso polo têxtil e de comércio varejista localizado no centro da cidade. Flagrantes de desrespeito não faltam. A impressão no local é que o mundo não enfrenta uma pandemia.

Com grande concentração de lojas populares e que atrai excursões de compradores do Brasil inteiro, principalmente das regiões Norte e Nordeste, o local vive cheio. Mas o que chamou a atenção nesta sexta, diante do contexto de avanço da pandemia em Goiás, foi a grande quantidade de pessoas sem máscara de proteção andando pelas ruas da região.

A equipe do Metrópoles visitou o local e flagrou comerciantes, autônomos, ambulantes e compradores, em geral, fazendo o uso da máscara de forma incorreta. Além do pouco distanciamento, no vaivém das calçadas sempre lotadas, muitas pessoas andavam de rosto aberto, sem máscara presa às orelhas ou mesmo no queixo, como alguns chegam a usar, apesar de não oferecer proteção contra o novo coronavírus.

Entre os casos mais frequentes, estão trabalhadores dos carros de som que passam pelas ruas divulgando as lojas, ambulantes que ficam nas calçadas abordando os compradores e aqueles que ficam nos microfones chamando a clientela e andando pelas galerias, de loja em loja.

Obrigatoriedade e multa

Quando percebiam a presença da reportagem, alguns, imediatamente, posicionavam a máscara corretamente, com medo de serem flagrados descumprindo a regra. No final do ano passado, a Prefeitura de Goiânia chegou a sancionar a lei que prevê uso obrigatório de máscaras e multa de R$ 110 para quem descumpre.

A região chegou a ficar sem funcionar por quatro meses, em 2020, quando foram aplicadas as medidas mais severas de fechamento do comércio em Goiás. Depois, voltou de forma parcial e hoje funciona em horário normal.

Segundo dados da Associação Empresarial da Região 44 (AER44), existem, no local, mais de 21 mil pontos de vendas, que geram 150 mil empregos diretos. Outros 5 mil trabalham de forma autônoma. Comerciantes disseram ao Metrópoles que vão abrir as lojas neste sábado (13/2) e depois só voltam na quarta-feira (17/2).

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Não faltaram flagrantes de desrespeito na manhã desta sexta-feira (12/2) na região
Pessoas se aglomeram e desrespeitam os protocolos sanitários durante as compras
Um caso comum no polo de compras é o de uso da máscara no queixo
Famoso polo varejista de Goiânia teve movimento intenso nos últimos dias
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Região da Rua 44 recebe clientes do Brasil todo, principalmente do Norte e Nordeste

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Não faltaram flagrantes de desrespeito na manhã desta sexta-feira (12/2) na região

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Pessoas se aglomeram e desrespeitam os protocolos sanitários durante as compras

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Um caso comum no polo de compras é o de uso da máscara no queixo

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Famoso polo varejista de Goiânia teve movimento intenso nos últimos dias

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Reflexo nas UTIs

Durante a manhã, quando inaugurava a abertura de mais 11 leitos de UTI da Covid-19 em Goiás e mais tarde em live, o governador Ronaldo Caiado (DEM) pediu para que a população evite aglomerações durante o fim de semana e o feriado que seria do Carnaval.

Caiado definiu o momento como o “platô” do enfrentamento à pandemia em Goiás, mas com tendência de diminuição, se as pessoas seguirem as regras de distanciamento. No dia a dia, porém, ao andar por locais como a região da Rua 44 é possível notar que o descuido persiste.

Há mais de uma semana, a taxa de ocupação dos leitos de UTI da Covid-19, em Goiás, oscila em torno de 90%. No início do ano, segundo informou ao Metrópoles o secretário de Saúde do Estado, Ismael Alexandrino, esse índice era de 48%, mas houve um crescimento diário, durante o mês de janeiro, de mais de 1%, chegando ao pico atual marcado pela segunda onda da doença.

O feriado de Carnaval foi cancelado no Estado para o funcionalismo público. Além disso, cidades e regiões turísticas de Goiás seguiram a orientação do governo estadual e decretaram as regras da lei seca para tentar conter as aglomerações nos próximos dias. Em Goiânia, a restrição de venda de bebidas alcóolicas após as 22h segue vigente.

Feira Hippie

A tradicional Feira Hippie, também nas imediações da região da 44, é outro ponto de vendas que aglomera pessoas de todas as regiões do Brasil e, voltará a funcionar aos sábados e domingos. Inicialmente, a Prefeitura de Goiânia havia mudado os dias de funcionamento; adicionado a sexta e retirado o domingo, atendendo a um pedido da Associação dos Feirantes.

Porém, a prefeitura recuou. Com isso, a montagem das bancas deve ser feita após as 20h de sexta e o funcionamento, das 6h de sábado até 15h de domingo.

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