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Sem detalhes, Bolsonaro fala de novas parcelas do auxílio emergencial

Presidente disse que o benefício “tem um limite”, mas afirmou que já há discussão sobre mais pagamentos do benefício

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Agência Brasil/ Divulgação
jair Bolsonaro e Paulo Guedes conversam ao pé do ouvido
1 de 1 jair Bolsonaro e Paulo Guedes conversam ao pé do ouvido - Foto: Agência Brasil/ Divulgação

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, nesta segunda-feira (8/2), em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, que o auxílio emergencial, benefício concedido a trabalhadores informais ao longo de 2020, tem um limite. Ele citou possíveis novas parcelas do suporte financeiro oferecido pelo governo, mas não detalhou se há possibilidade de extensão do programa para 2021.

“O auxílio emergencial tem um limite. Já se fala em possíveis novas parcelas do auxílio emergencial”, afirmou o chefe do Executivo a simpatizantes, nesta manhã, sem fornecer mais detalhes.

Parlamentares pressionam pela retomada do programa, tendo em vista a continuidade da crise econômica decorrente da pandemia da Covid-19.

O benefício foi interrompido em dezembro, e o governo não decidiu se vai criar um novo auxílio para atender  famílias de baixa renda prejudicadas economicamente pelo surto epidêmico mundial causado pelo coronavírus. O programa custou quase R$ 300 bilhões para os cofres públicos no ano passado.

Menos pessoas

Na última quinta-feira (4/2), o ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), reuniram-se para discutir o assunto. Após o encontro, Guedes admitiu a possibilidade de retorno do auxílio, mas para uma quantidade menor de pessoas.

Segundo o ministro, o benefício “pode ser mais focalizado”. Guedes ressaltou que 64 milhões de pessoas foram atendidas no ano passado. O governo alega que não tem recursos para prosseguir com o programa nos mesmos moldes.

O auxílio emergencial, se nós dispararmos as cláusulas necessárias, dentro de um ambiente fiscal robusto, mais focalizado, em vez de 64 milhões de pessoas, pode ser a metade disso, porque a outra metade retorna para os programas sociais já existentes. Isso nós vamos nos entender rapidamente, porque a situação do Brasil exige essa rapidez”, esclareceu o ministro.

Proposta de novo auxílio emergencial

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o governo federal prepara a criação de um novo auxílio emergencial para brasileiros impactados pela pandemia do coronavírus. O benefício, a princípio, seria pago em três parcelas de R$ 200, concedidas apenas aos trabalhadores informais que não recebem o Bolsa Família.

O programa está orçado em R$ 6 bilhões e ainda não tem previsão para entrar em vigor.

No domingo (7/2), governadores do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal divulgaram uma carta na qual pedem a retomada imediata do pagamento do auxílio emergencial e da habilitação de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS).

Aumento da cesta básica

Nesta segunda, Bolsonaro mencionou ainda o aumento do custo da cesta básica e reforçou que a população está empobrecendo e perdendo seu poder de compra.

“Outra coisa que também é complicado: os produtos da cesta básica, em especial os alimentos mais essenciais (arroz, óleo de soja…) subiram em média 20%. O povo está empobrecendo, perdendo o seu poder de compra. E devemos buscar uma solução para isso. E não passa apenas pelo presidente da República”, desculpou-se.

O mandatário do país informou que se reunirá, entre hoje e amanhã, com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mas não deixou claro o assunto que tratará com o deputado. Ele também fez referência à redução de impostos sobre os combustíveis, tendo em vista que pretende encaminhar ao Congresso um projeto de lei para mudar as alíquotas do ICMS.

“Hoje, conversei por telefone com o novo presidente da Câmara. Devemos nos encontrar nas próximas horas, no máximo amanhã. Quer resolver também. Agora, são soluções que não são fáceis”, concluiu.

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