Sem consenso, PSDB adia definição sobre peso dos votos das prévias
Tucanos paulistas articulam para que votos de filiados e políticos com mandato tenham o mesmo peso
atualizado
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São Paulo – O PSDB não entrou em consenso e adiou para a próxima semana a definição sobre o peso dos votos de filiados e políticos com mandato para as prévias. É por esse método de escolha que a sigla vai definir seu candidato à eleição presidencial de 2022.
Em reunião na manhã desta terça-feira (8/6), o partido aprovou as regras básicas da votação, como a diferenciação dos votos. A princípio, foi aprovado peso de 25% para filiados. No entanto, essa discussão segue em aberto.
Há os que defendem que quem tem o peso do voto daqueles com mandato, como prefeitos, vereadores, governadores e deputados, seja de 75%, e quem prefere que o grupo dos filiados e dos mandatários tenha 50%, cada.
A segunda hipótese é defendida por setores como o PSDB paulista. Ao Metrópoles, o presidente do diretório da legenda em São Paulo, Marco Vinholi, afirmou que não concorda com o que foi definido na reunião.
“A proposta que defende uma maior participação de filiados no processo de escolha com o mesmo peso dos mandatários representa uma construção amplamente aceita no partido. Não concordamos com o adiamento dessa definição. Seguiremos nessa construção”, disse.
Equiparar os pesos dos políticos com o dos filiados beneficia especialmente os planos do governador de São Paulo, João Doria, que tem interesse em disputar a presidência da República.
Isso porque São Paulo é o estado com maior percentual de filiados — 22% do total de 1,37 milhão, de acordo com dados do Tribunal Superior de Eleitoral de abril deste ano.
Além de Doria e do governador do Rio Grande Sul, Eduardo Leite, o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, e o senador Tasso Jereissati (CE) já demonstraram interesse em participar das prévias.
A escolha está agendada para 21 de novembro e um eventual segundo turno, no dia 28.