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Sem citar Lula, Michel Temer diz desejar paz ao país após eleições

Presidente da República também afirmou que momento é de recuperar otimismo do povo brasileiro

atualizado

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Michel Temer
1 de 1 Michel Temer - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente Michel Temer afirmou desejar paz ao Brasil . “Pode haver disputas eleitorais. No momento que se segue à eleição, todos têm de se unir em prol do país.” O discurso foi feito nesse sábado (7/4) para uma plateia formada por varejistas, durante Simpósio Nacional de Varejo e Shopping, em Foz do Iguaçu (PR), e ocorreu quase simultaneamente ao pronunciamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São bernardo do Campo, no ABC, horas antes dele ser detido.

O chefe do Executivo nacional defendeu ser preciso transmitir otimismo à população e que todos devem se unir após o pleito de outubro. “Precisamos mudar a cultura do Brasil e falar bem dele para aqueles que vão comprar. Minha palavra é exatamente esta: transmitir otimismo. Queremos que haja paz no país”.

Com seu governo avaliado em ótimo ou bom por apenas 5% da população, segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI)/Ibope divulgada nesta semana, Temer entende que a popularidade pode levar “a movimentos autoritários” e que a nação foi “tomada pelo pessimismo”.

“A popularidade leva a movimentos autoritários que depois desprezamos. O país foi tomado nos últimos tempos de muito pessimismo, e isso não é típico do brasileiro. Mania de falar mal do Brasil causa problemas para todos nós, principalmente no plano internacional”, disse.

O presidente também reclamou da oposição ao seu governo, que, segundo ele, age apenas politicamente, e não juridicamente. “A oposição tem uma organicidade extraordinária. Quando eu era vice-presidente, o governo (Dilma) viu a proposta do Ponte Para o Futuro como um gesto de oposição, quando, na verdade, era um gesto de colaboração. No Brasil, não temos conceito jurídico de oposição, só conceito político”, analisou.

Congresso
Mais uma vez, o emedebista avaliou a relação com o Congresso Nacional. Segundo ele, em sua gestão, o Poder Legislativo deixou de ser um “apêndice”. “Não é só governo que faz, governo faz começando por um diálogo com Congresso Nacional. Congresso deixou de ser uma apêndice do Executivo. Legislativo se tornou parceiro do Executivo. Isso é determinado pela Constituição. Somos autoridades exercentes do poder. O poder não é nosso, é do povo”, disse.

 

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