Sem assinatura de manifesto, Caixa e Banco do Brasil ficarão na Febraban
Bancos ameaçaram deixar entidade após federação apoiar manifesto “A Praça é dos Três Poderes”
atualizado
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A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil não deixarão mais a Febraban (Federação Brasileira dos Bancos). A ameaça havia sido feita na última semana como protesto por uma possível adesão da entidade ao manifesto “A é Praça dos Três Poderes”, articulado pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
No entanto, na noite dessa quinta-feira (2/9), como noticiado pela Coluna Igor Gadelha, no Metrópoles, a Febraban afirmou que “não ficará mais vinculada às decisões da Fiesp”. No texto divulgado, a entidade chegou a reafirmar apoio ao manifesto e ressaltou que o objetivo, contra o governo de Jair Bolsonaro (sem partido), foi cumprido, por ter sido amplamente divulgado.
Leia na integra a nota da Febraban:
“A Federação Brasileira de Bancos (Febraban ) reafirma o apoio emprestado ao manifesto ‘A Praça é dos Três Poderes’, cuja adesão se deu, desde o início, dentro de um contexto plurifederativo de entidades representativas do setor produtivo e cuja única finalidade é defender a harmonia do ambiente institucional no país.
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) assumiu a coordenação do processo de coleta de assinaturas e se responsabilizou pela publicação, conforme e-mail dirigido a mais de 200 entidades no último dia 27 de agosto.
A Febraban considera que o conteúdo do manifesto, aprovado por sua governança própria, foi amplamente divulgado pela mídia do país, cumprindo sua finalidade. A Federação manifesta respeito pela opção do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, que se posicionaram contrariamente à assinatura do manifesto.
Diante disso, a Febraban avalia que, no seu âmbito, o assunto está encerrado e com isso não ficará mais vinculada às decisões da FIESP, que, sem consultar as demais entidades, resolveu adiar sem data a publicação do manifesto.
A Febraban confirma seu apoio ao conteúdo do texto que aprovou, já de amplo conhecimento público, cumprindo assim o seu papel ao se juntar aos demais setores produtivos do Brasil num pedido de equilíbrio e serenidade, elementos basilares de uma democracia sólida e vigorosa.”
Banco do Brasil
O Banco do Brasil também enviou nota afirmando que “não tem intenção de se desassociar da Federação” e assegurando “respeito pelos pares e sua admiração pela importante história construída pela Federação em seus mais de 50 anos de existência”.
“O comunicado da Febraban, por um lado, reafirmou sua convicção pelo conteúdo pacífico e equilibrado do manifesto e, por outro, acena ao BB e à CEF quando registra a desvinculação do movimento liderado pela Fiesp, contribuindo para a solução do impasse”, diz Fausto Ribeiro, presidente do BB, no comunicado.
Confira a nota na íntegra:
Após negociações respeitosas entre os membros da Febraban ocorridas nesta semana, e reconhecendo o esforço empreendido por todos na busca pelo diálogo e por soluções mediadas, como é tradição na Febraban, o Banco do Brasil esclarece que não tem intenção de se desassociar da Federação e reafirma seu respeito pelos pares e sua admiração pela importante história construída pela Federação em seus mais de 50 anos de existência.
“Chegamos a um entendimento que é fruto de discussões respeitosas entre as partes e que não inibe a livre expressão de qualquer membro da Federação. O comunicado da Febraban, por um lado, reafirmou sua convicção pelo conteúdo pacífico e equilibrado do manifesto e, por outro, acena ao BB e à CEF quando registra a desvinculação do movimento liderado pela Fiesp, contribuindo para a solução do impasse”, disse Fausto Ribeiro, presidente do BB.
O BB também acredita que o episódio poderá, ao final, contribuir para reforçar mecanismos internos na Federação que favoreçam o diálogo e reforcem o papel da Febraban como importante agente de desenvolvimento do País.