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Sem adesão da capital, RJ encurta intervalo entre doses de AstraZeneca

Secretaria Municipal de Saúde diz que vai seguir manter orientação da bula do fabricante para garantir a eficácia máxima do imunizante

atualizado

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Vacinação Pfizer Rio Aline Massuca 9
1 de 1 Vacinação Pfizer Rio Aline Massuca 9 - Foto: Aline Massuca/Metrópoles

Rio de Janeiro – No dia em que o Governo do Estado do Rio anunciou que vai reduzir o intervalo entre as doses da vacina AstraZeneca, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio informou que não vai aderir ao plano e vai manter o tempo de 90 dias, estipulado na bula.

Em nota, a pasta informa que “não reduzirá, neste momento, o intervalo entre a primeira e a segunda dose da vacina AstraZeneca, cumprindo o objetivo de garantir a eficácia máxima do imunizante, seguindo assim a orientação da bula do fabricante”.

Antecipação será de 12 para oito semanas entre as doses de AstraZeneca, decisão pactuada entre o governo do Estado e representantes do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) e, após consulta ao grupo de especialista e epidemiologista da Secretaria de Estado de Saúde (SES). “As doses ficam armazenadas nos municípios e temos uma preocupação grande em não haver perda de doses e de garantir o uso correto das vacinas pelos municípios”, explica Castro.

A medida visa acelerar ainda mais o esquema vacinal, tendo em vista que os municípios já estão com estoque disponível do imunizante para a segunda dose. O intervalo antecipado para a aplicação da segunda dose da vacina está em acordo com o descrito na bula do produto. A SES esclarece que todas as vacinas disponíveis no Brasil são eficazes para o processo de imunização, como indicam estudos. E reforça que a população retorne aos postos de saúde para aplicação da segunda dose, completando o esquema vacinal.

“Não há perda de eficácia quando a aplicação for dentro do período entre 8 e 12 semanas. Nossa preocupação é que as doses estão paradas nos municípios e poderiam ser perdidas. Além disso, dentro de um cenário, temos a entrada da variante Delta. Os estudos no Reino Unido apontam que somente com a aplicação da segunda dose é possível bloquear a possibilidade de transmissão das variantes”, avalia o secretário de estado de Saúde, Alexandre Chieppe.

Para Chieppe, os municípios têm autonomia para já agendar a aplicação da segunda dose. “Temos a expectativa de que, com a redução do intervalo entre as doses, caia também o número de pessoas que não está voltando para a segunda aplicação. Todas as decisões estão sendo pactuadas com o Conselho de Secretarias Municipais, assim como foi feito no calendário unificado”, ressaltou.

Castro informou também que a medida de reduzir o intervalo tem como base os registros de casos de novas variantes. O governador também fez um apelo para que as pessoas que receberam a primeira dose voltem aos postos para completar a imunização, de acordo com os calendários e prazos informados pelas unidades de saúde.

“Vamos intensificar esta campanha. É muito importante que tenhamos toda a população vacinada, com os prazos e doses indicados pelas autoridades sanitárias”, ressaltou o governador.

A cerimônia do anúncio estadual foi realizada, com a presença do Governador Cláudio Castro e do secretário de estado de Saúde, Alexandre Chieppe , Palácio Guanabara, em Laranjeiras, na zona sul do Rio

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