Seita da família de Djidja pode ter sido responsável pela morte de avó
Maria Venina, de 82 anos, sofreu um AVC e morreu em junho do ano passado. Autoridades suspeitam que a avó teria sido drogada
atualizado
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A polícia suspeita que a avó de Djidja Cardoso, Maria Venina, de 82 anos, morreu de AVC após participar de um ritual com anabolizantes e outras drogas. Parentes relataram que Cleusimar, Djidja e Bruno injetaram doses de anabolizantes na avó, durante o ritual da seita Pai, Mãe, Vida.
O grupo utilizava cetamina, uma substância que provoca alucinações e dependência, para atingir uma falsa sensação de plenitude espiritual. A avó morreu em junho de 2023, em Parintins.
A ex-sinhazinha foi encontrada morta em sua casa, na terça-feira (28/5), em Manaus, capital do Amazonas. Ademar, Cleusimar e Verônica Costa, responsável por um salão de beleza da ex-sinhazinha, foram presos, suspeitos de criar uma seita em que era consumida a droga.
A polícia está apurando, ainda, se o ex-namorado de Djidja, Bruno Lima, havia participado da seita e na morte da avó.
“Cleusimar fez o ritual da cura, ela expulsou todo mundo da casa da minha avó. E nesse ritual eles aplicaram uma bomba e deram maconha para minha avó. Para fazer medicação, para ela meditar. Às 3h da manhã do dia 29 minha avó teve um AVC” relatou um dos parentes, segundo o Fantástico.
Depois da morte da mãe, a irmã de Cleusimar enviou uma mensagem de áudio pedindo que ela pare de usar drogas. “Cleuse, que sirva de lição, minha irmã, pare de usar droga!”, pediu em áudio.
Segundo as investigações, a família queria abrir uma clínica veterinária com o dinheiro da rede de salões de Djidja Cardoso, para ter acesso mais fácil à droga.
De acordo com a prima de Cleusimar, mãe de Djidja, ela se drogava e afirmava ter poderes para ressuscitar a mãe. Após a morte de Maria Venina, os parentes fizeram uma denúncia de cárcere privado contra a família, na esperança de tirar Djidja das drogas e desfazer a seita.
Prisões
A polícia prendeu nesta sexta-feira (7/6) o ex- namorado de Djidja Cardoso, Bruno Roberto, e o coach Hatus Silveira. As prisões se deram no contexto das investigações da morte da ex-sinhazinha do Boi Garantido. Djidja foi encontrada morta em Manaus, em 28 de maio.
Segundo as autoridades, Hatus Silveira foi o responsável por prescrever o uso de cetamina para a família ilegalmente. A defesa de Hatus afirma que o coach nunca aplicou ou vendeu a droga.