Seis são mortos durante megaoperação na Cidade de Deus
A operação começou após o capitão da PM, Estefan Cruz Contreiras, ser morto a tiros em tentativa de assalto
atualizado
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Pelo menos seis pessoas morreram e outras três ficaram feridas durante uma megaoperação policial realizada nesta quinta-feira (3/5) na Cidade de Deus, zona oeste do Rio de Janeiro. A iniciativa tinha como objetivo localizar suspeitos do assassinato de um capitão da Polícia Militar (PM) – o crime ocorreu pela manhã. Os bandidos estariam escondidos na comunidade. O tiroteio levou pânico também à Linha Amarela, que acabou interditada durante duas horas.
A operação começou cedo, depois de o capitão da PM Estefan Cruz Contreiras, de 36 anos, ser morto a tiros em uma aparente tentativa de assalto no bairro da Pechincha, em Jacarepaguá. Imagens de câmeras de segurança mostram o militar pilotando uma moto e sendo abordado por homens que estavam em outra motocicleta. As imagens mostram quando ele é executado a tiros. Trata-se do 40º policial morto em território fluminense neste ano.Ofensiva
Um grupo de policiais da Divisão de Homicídios seguiu para o local para investigar o homicídio de Contreiras e, segundo informou a corporação, foi recebido a tiros por criminosos da Cidade de Deus. Assim, homens do Comando de Operações Especiais (COE) da PM, do 18º Batalhão da Polícia Militar (Jacarepaguá) e da Unidade de Polícia Pacificadora entraram na comunidade, onde os autores do crime teriam se escondido. Seis pessoas foram mortas, segundo a Secretaria de Estado da Saúde.
Equipes do Batalhão de Ações com Cães (BAC), do Batalhão de Polícia de Choque e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) reforçaram a operação. Helicópteros realizaram monitoramento aéreo da região. Houve uma intensa troca de tiros, que acabou provocando o fechamento da Linha Amarela durante duas horas, por medida de segurança. Antes da interdição da via, cenas de pânico foram registradas, com carros sendo abandonados e pessoas desesperadas tentando se abrigar dos tiros.
Um PM foi ferido na operação e levado para o Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. A polícia prendeu quatro suspeitos e aprendeu dois fuzis e quatro pistolas.
Lins
Uma outra operação policial também paralisou a cidade na manhã desta quinta. A operação no Complexo do Lins, segundo a PM, também começou cedo e foi igualmente motivada “em virtude dos últimos ataques aos policiais atuantes naquela região”.
Homens da Unidade da Polícia Pacificadora (UPP) e de cinco diferentes batalhões fizeram uma varredura na favela e foram recebidos a tiros. Um policial e um suspeito acabaram feridos: as equipes de socorro encaminharam ambos ao Hospital Municipal Salgado Filho.